A ética e a moral, por Joaquim Vitorino

A ética e a moral, por Joaquim Vitorino

Ética e a moral é uma questão prioritária a ser urgentemente levada a debate pela sociedade portuguesa.

A quebra constante destes valores, que deveriam ser salvaguardados para os nossos jovens e futuras gerações, já assumiu um estatuto de inevitabilidade, que os consecutivos governos não conseguem travar; porque vão enchendo os ministérios de gente sem vocação nem ética para governar o país; e que como consequência, em poucos anos o levaram ao naufrágio. Corrupção

A apetência pelo dinheiro que não lhes pertence, levou à prática de graves e sucessivas fraudes bancárias; mas o caso dos vistos dourados é de longe muito mais preocupante porque atingiu o “coração do Estado português” no seu património e segurança.

Este caso que tem sido largamente comentado na imprensa mundial, coincidiu com a notícia de expulsões de Juízes portugueses de Timor, onde estavam a fazer um trabalho sério e meritório para o prestígio da sua classe e para a Justiça em Portugal, afeta também os emigrantes que têm que enfrentar as críticas depreciativas que fazem ao seu país de origem, com sucessivas notícias de corrupção em Portugal em que a “Justiça está trancada” pelas leis que foram aprovadas na Assembleia da República, onde as frequentes comissões de inquérito são sempre inconclusivas, porque esbarraram com o interesse dos partidos que as compõem; perdendo-se milhares de horas em reuniões para tapar os olhos aos portugueses, com as provas a caírem em alçapões que as leis deixaram para trás; o que incentiva a que crimes e burlas contra o Estado, sejam repetidas impunemente.

Uma situação que está a dar origem a que a imprensa estrageira considere os portugueses como um povo vigarista e aldrabão; um epíteto que se vai manter por muitos anos, e que nos marca como um selo indelével.

Portugal vive num caos político e económico; cada dia que passa nesta situação, vem complicar ainda mais uma saída em que no mínimo, se salve a face do nosso país que continua a contrair dívida pública; o que nunca se salvará, é a responsabilidade dos partidos políticos, que querem a todo o custo manter o poder, para continuarem a varrer os indícios de culpa pela “divisão dos portugueses em duas classes”; uns muito ricos e a esmagadora maioria muito pobres.

Portugal fica com a honra e o prestígio que herdámos do nosso passado severamente maculado, por aqueles a quem a imprensa dos outros países epitetam de vigaristas e aldrabões, como noticiou a Euro News e outros órgãos informativos.

A esmagadora maioria dos portugueses foram atirados para uma pobreza sem retorno, por aqueles que lhes prometeram uma sociedade justa e igualitária, onde supostamente todos teriam os mesmos direitos e que seríamos todos iguais, mas parece que não é bem assim.

Como dizia George Orwell em “Triunfo dos Porcos” existem uns que são mais iguais que os outros.

Manuela Ferreira Leite disse em tempos num quadro menos grave que o atual, que seria preciso interromper a democracia para recuperar Portugal; com toda a certeza, que se referia ao fim deste regime.

Os portugueses querem viver em democracia mas não esta, que apenas serve as elites políticas e seus amigos.

Alguns dos leitores questionam-se de quem será a culpa e a resposta é muito simples; somos nós os culpados, porque permitimos que nos arruinassem o país.

Portugal só renasceria com um rei à frente dos destinos da Nação, unindo todos os portugueses empenhados em deixar aos seus descendentes um país digno e respeitado, como o foi durante séculos de monarquia constitucional, de que ainda hoje todos nos orgulhamos.

Joaquim Vitorino

 

 

Share