
Planeta terra, que futuro?
Inteligência artificial (IA)
Pela primeira vez numa cimeira do clima e do ambiente, foi levada a sério pelos responsáveis que mais poluem.
No momento em que o representante de uma das economias emergentes que mais tem contribuído para a contaminação do Planeta discursava, o seu país encontrava-se em alerta vermelha, sob uma gigantesca nuvem de poluição.
Mas não podemos culpar só aqueles que são presentemente os maiores poluidores como a China, os EUA, a Índia, o Japão e o Brasil; foi aqui na Europa, que nasceu a primeira revolução industrial, por isso todos os países têm a sua quota na degradação do ambiente; sendo que, ao consumirmos os produtos desses mesmos países, estamos a contribuir cada vez mais para a catástrofe ambiental, que o consumismo das energias fósseis está a causar ao nosso habitat “a Terra”.
A nossa civilização tecnológica, ainda está longe de atingir o seu vértice, contudo pode dizer-se, que já ultrapassou a fase da dependência dos combustíveis fosseis; sendo urgente, acelerar o fim da sua utilização que nos últimos 300 anos tem destruído o Planeta, e dar o passo decisivo para as energias limpas sem as quais, a Terra que foi o berço do homem entrará numa situação de não retorno; onde o “colapso ambiental”, se irá sentir em várias frentes.
Os alertas climáticos para além de serem mais frequentes, têm sido mais fortes e alguns devastadores; como o caso do Catrina e recentemente nas Filipinas o tufão Koppu; sendo estes dois exemplos uma ponta do Iceberg, se o imaginarmos numa “negra perspectiva”, em que centenas de milhões de humanos terão que enfrentar secas prolongadas, com as consequências que daí advêm, como a falta de água e a carência alimentar.
Houve uma grande falha a apontar na Cimeira do clima em França, que foi a ausência dos mais conceituados climatologistas e ambientalistas, para fixar cientificamente os prazos limites das medidas a tomar sem as quais, o processo de deterioração do Planeta será irreversível.
De realçar que enquanto decorria a “Cimeira do Clima” na periferia de Paris, em Lisboa que é conhecida como a Cidade dos eventos, discutia-se na Fundação Champalimaud com a presença de Ilustres convidados onde se contavam três prémios Nobel, o avanço das tecnologias para os próximos 100 anos.
Por ironia, quanto mais grave é a situação climática, maior será a necessidade de os humanos avançarem nos domínios da robótica, para que em casos extremos que teremos que enfrentar, fazermos avançar as máquinas, que suportam o frio e o calor extremos em substituição do trabalho humano.
Este passo abrirá caminho no futuro que não será muito distante; ao completo domínio e dependência do homem, face à máquina que ele próprio construiu.
No início, a sua utilização é encarada de uma grande utilidade, que começará por cumprir objetivos determinados em parceria com o “seu criador” o homem; mas a sua evolução em tecnologia exigida pela sociedade de consumo e da situação climática, levarão ao seu uso generalizado na exploração de minérios à superfície e no subsolo, na agricultura e nas pescas, e também no controle do tráfico e dos cidadãos através de drones, ou chips implantados nos humanos.

Cidade chinesa sob nuvem de poluição
As máquinas no futuro já não dependerão de nós; porque se auto reproduzem e podem trabalhar ininterruptamente em condições inimagináveis; provocando inicialmente um caos no desemprego, e seguidamente a inutilidade dos humanos; colocando num futuro mais longínquo, a nossa espécie em zoos até à extinção final.
Máquinas cibernéticas serão enviadas para as estrelas em pedido de “socorro”, porque os humanos assim as programaram, e porque os humanos nunca teriam condições para fazer viagens interestelares; os primeiros contatos “extraterrestres,” serão feitos entre máquinas, provavelmente também elas construídas por civilizações há muito extintas.
Nós os humanos, até podemos chegar a Marte ou às Luas de Júpiter, mas não mais distante do isso.
O agravamento das condições climatéricas não nos deixa outra alternativa, que não seja a construção de máquinas para nos substituírem; as mesmas que um dia, ditarão o fim da nossa civilização.
Os próximos 500 anos (20 gerações) serão cruciais para se saber, se as máquinas por nós criadas, ficarão para o futuro como os nossos únicos descendentes.
OBS: O maior desejo do Autor, é que este prognóstico esteja errado, o que sinceramente não creio.

J. Vitorino – Jornalista
