Bibliotecas, fontes de conhecimento

Bibliotecas, fontes de conhecimento

As bibliotecas desempenharam ao longo dos tempos, um papel fundamental na cultura dos povos.

Inicialmente restringidas às elites reinantes e governativas, foram depois expandindo-se por todo o globo terrestre, assumindo um desempenho fundamental na consulta e formação de quem a elas recorria; ou pelo simples interesse pelo conhecimento da história dos países e suas culturas, e para conhecer os avanços em todas as áreas do conhecimento; onde a medicina, a astronomia, novos inventos, biologia e religiões que determinaram a evolução e proliferação destas autenticas Universidades públicas, ao serviço global das comunidades.

A Biblioteca de Alexandria é de longe a mais famosa de todas as conhecidas; tendo sido a maior do Mundo antigo e também a que chegou até à idade média, perdurando durante a era “Ptolomaica” desde o ano 291 a.C., entrado em declínio com o advento do Cristianismo; vindo a ser completamente destruída por volta do ano 415 d.C. quando o Patriarca Cirilo de Alexandria, incitou os seus fiéis a destruíram a parte que ainda restava, daquela que ficou conhecida como uma das maiores bibliotecas do mundo antigo, e que floresceu sob o patrocínio da dinastia ptolemaica até à Idade Média; quando supostamente foi totalmente destruída, por um incêndio cujas causas são muito questionáveis.

A Cidade de Alexandria situa-se nas margens do Mediterrâneo; e reinou como um centro da cultura Mundial entre os séculos III a.C. e IV d.C. chegando a informação até à data presente, de que a famosa biblioteca continha praticamente todo o saber da Antiguidade em cerca de 700 mil rolos de papiro e pergaminhos; cuja existência alimentou a imaginação de dezenas de milhões de pessoas em todo o Planeta.

Os historiadores, filósofos e pesquisadores em geral, imaginam qual o tamanho da “Monumental Biblioteca de Alexandria”; e especulam sobre o conteúdo de saber que se perdeu para sempre.

Ptolomeu I, fez tudo para a tornar o mais completa possível; importando o conhecimento que coletava de todas as partes do Mundo conhecido naquela época; e segundo consta, conseguiu trazer da Grécia a maior parte da Biblioteca de Aristóteles.

Ao assinar o (Scientiae thesaurus mirabilis), D. Dinis criava em Coimbra uma das mais antigas Universidades de Portugal e do Mundo; com data de 1290, o documento dá início ao Estudo Geral que será reconhecido no mesmo ano pelo Papa Nicolau IV.

Os Reis Portugueses com justo destaque para D. Dinis que fundou a primeira Universidade, e D. João V que deu início à reforma cultural do Reino pelos meios de que dispunha, e 44 anos de reinado (1706 –1750),  foram grandes impulsionadores da cultura e do conhecimento do país; tendo a taxa de literacia baixado nos primeiros 25 anos de República, face aos últimos 50 da Monarquia.

As Bibliotecas que durante milénios foram as fontes de conhecimento da humanidade, não terão um futuro auspicioso; numa corrida contra o tempo para salvar os seus conteúdos, toda a informação está a ser copiada para os arquivos informáticos; a exemplo em 2013 o Reino Unido, colocou em suporte digital 130.000 volumes.

Biblioteca da Universidade de Coimbra

Biblioteca da Cruz -Vermelha

Portugal e certamente todos os países Europeus e do Mundo, irão proteger a riqueza do seu conhecimento e História dos seus países em (nuvens da Internet); para legar às futuras gerações o saber dos seus antecessores, que foram pioneiros da sabedoria que nos transportou até à presente revolução tecnológica; e que no futuro, irá ser levada para as Estrelas com todo o conhecimento e saber humano.

 

 

As máquinas que vamos construir no futuro, levarão com elas a informação de quem fomos nós; onde chegámos em tecnologia e sobretudo, qual foi a grande vantagem que tiveram no processo do ensino dos povos da Terra as Bibliotecas, que funcionaram como locais de convívio e grandes depositárias do saber humano, mas que os seus os dias estão a chegar ao fim como portais informativos; passando em breve, as suas belezas arquitetónicas espalhadas por todo o Mundo à classe dos Museus mais visitados.

Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra

Biblioteca de Alexandria

 

 

 

 

 

 

 

É justo reconhecer, que Portugal é detentor de um vasto património em bibliotecas há mais de 700 anos; o que eleva o nível cultural dos seus cidadãos, a um patamar altamente prestigioso.

J. Vitorino – Jornalista – Diretor

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