Rezem por Mim; um apelo do Papa Francisco
A visita de Sua Santidade o Papa Francisco ao Santuário de Fátima em maio de 2017, colocou Portugal no topo dos grandes acontecimentos Mundiais.
Vivemos um dos períodos mais conturbados e perigosos da história da Humanidade, e o mundo precisa de um novo rumo para minimizar a diferença cada vez maior entre ricos e pobres; que está na origem das grandes conflitualidades entre povos e Nações, e a ser um meio de propaganda para justificar, o radicalismo religioso e ideológico entre os povos.
Francisco, pede frequentemente para que rezem por Ele e não é por temer pela sua vida, porque já deu provas de que não tem medo, ao fazer-se transportar em carro aberto nos vários países que tem visitado.
Francisco à chegada a Portugal em 2017
Desde o primeiro dia em que foi aclamado Papa, que Francisco tenta marcar a diferença dos seus antecessores.
São João Paulo II, terá abordado este tema muitas vezes com o Papa emérito Bento XVI; foram amigos, e ambos sabiam que o Vaticano não estava a dar o exemplo, no combate às grandes assimetrias sociais que existem no Planeta.
Todos os dias o número de seres humanos que atingem a pobreza extrema, é milhares de vezes superior ao de novos milionários; esta triste realidade, coloca 2000 milhões de seres humanos a lutarem pela sobrevivência.
Se este terrível paradigma não mudar, a humanidade começa a perder a esperança de ver algum equilíbrio e aproximação, entre os que tudo têm e os que nada possuem.
Francisco sente ter chegado o momento para a missão que tem a cumprir; mas precisa de muito apoio dos fiéis, e daqueles mais próximos que não serão muitos.
A Igreja Cristã não pode continuar a ostentar tanta riqueza; sendo esta uma questão discordante, nas altas hierarquias desta Instituição com 2000 anos, e que colide com um princípio de que Francisco I nunca abdicará, que é a sua condição de Jesuíta; foi assim que chegou a Papa, e assim continuará até ao final dos seus dias.
Papa Francisco no Santuário de Fátima
Desde a sua primeira apresentação aos fiéis, que Francisco pediu humildemente para que rezassem por Ele; para reforçar a sua determinação em alterar algumas das causas, que tanto no passado como recentemente, afastaram muitos fiéis da Igreja Cristã.
É para os fazer regressar, que os últimos três Papas vão desempenhar um papel determinante nesta viragem de atitudes e preconceitos, que terá como alvo principal os Jovens que foram uma preocupação constante de São João Paulo II; porque serão eles, os grandes transmissores das novas doutrinas e mentalidades, que terão como base a defesa dos direitos humanos, alicerçados na solidariedade e na dignidade da pessoa humana.
Só assim a Igreja Cristã conseguirá reafirmar-se na vanguarda daqueles que defendem um mundo justo.
São João Paulo II despertou a Juventude; sabia que seriam eles a dar o início à esperada mudança, invertendo muitos dos comportamentos, que são algumas das causas identificadas do empobrecimento, que tem provocado terríveis danos sociais, em muitos dos casos irreparáveis.
Francisco sabe, que combater a pobreza nas suas raízes não vai ser uma tarefa fácil; mas não se pode esperar mais; pois ninguém melhor que Ele entende o sofrimento daqueles que nasceram em berços de pobreza, e nunca tiveram uma oportunidade para sair dela.
O Papa Francisco alertou de que o mundo só alcançará um equilíbrio na repartição dos bens, que leve à erradicação da fome no planeta; e que a zona com mais incidência deste flagelo a curto será na Europa.
São João Paulo II foi o precursor da grande abertura a leste, com o movimento solidariedade na Polónia e a queda do muro de Berlim; ele sabia bem que a missão de que fora incumbido não a iria completar em vida; sempre a seu lado esteve Bento XVI, que iria ser um Papa de transição por duas razões: São João Paulo II não era de fácil substituição, e Bento XVI que nasceu na Alemanha optou por abdicar, abrindo caminho a Francisco I para ocupar a cadeira de São Pedro.
Após ser aclamado Papa, Francisco alertou a comunidade internacional de que muitos países estavam a empobrecer a um ritmo muito perigoso, situação que poderá levar a um conflito entre nações ricas e pobres; tendo de imediato utilizado a sua autoridade, como mediador no combate às grandes desigualdades; uma situação explosiva, que já entrou em contagem decrescente.
O Mundo tem os olhos postos neste Homem dotado de uma grande humildade, que está decidido a marcar a diferença dos seus antecessores.
Francisco que é o primeiro Jesuíta a ser aclamado Papa, sente ter uma missão a cumprir como Cristo nos ensinou; que é sensibilizar o mundo para o flagelo da fome, da intolerância, da xenofobia e da desigualdade; aparecendo no momento certo, para deixar uma esperança a todos os que se sentem injustiçados; que é afastar e dissociar a religião Cristã da fábrica de bilionários, que está na origem do grande caudal de pobreza em todo mundo.
As grandes assimetrias no Planeta Terra, estão perigosamente a alimentar o radicalismo e o ódio entre Nações; e coloca em risco a existência do cristianismo e de outras religiões, para dar lugar ao (culto da personalidade) como já está a acontecer em países como a China por exemplo; sendo esta a grande preocupação do Papa Francisco, que o torna diferente de todos os seus antecessores.
Nota do Autor aos céticos e descrentes de Fátima.
Em 1917; nenhuma tecnologia poderia ser utilizada porque à época não existia, que simulasse uma aparição como por exemplo em Holograma que hoje seria possível; mesmo assim a ciência de hoje teria a capacidade, para contrariar qualquer encenação!
A Virgem Maria apareceu em Fátima aos pastorinhos em 1917; e na mensagem que nos deixou fez referência à Rússia, numa provável preocupação que está hoje à vista de todos.
J. Vitorino – Jornalista e Diretor