O Planeta Abençoado

O Planeta Abençoado

 

                          Planeta Terra

 

O Planeta Abençoado                                                                              

O Planeta Terra é provavelmente, um dos mais belos locais do Universo; sendo na escala Universal, inferior a um grão de areia de toda a massa terrestre.

Para além de catástrofes epidémicas e ecológicas, a sua exposição a forças e perigos vindos do exterior, transforma este belo habitat em perigosidade extrema; a sua formação teve lugar uns 1000 milhões de anos depois do aparecimento do sol, há 3870 milhões de anos aproximadamente.

É conhecida a mínima idade do Universo como tendo 13.8 mil milhões de anos, mas existe uma forte probabilidade de ter havido uma contração na expansão galáctica, que poderá elevar esta estimativa para os 47.000 milhões de anos.

O Homo Sapiens terá iniciado a sua vertiginosa caminhada, a partir das cavernas do vale do rio Tanganica há 1.5 milhões de anos; o que equivale na escala do tempo a 750 milésimos de segundo; e toda a história da Cristandade 2021 anos, terá menos de um milésimo de segundo para ser contada.

A Terra representa um zero quase absoluto no contexto Universal; no entanto, a regularidade do sol ao longo de 5000 milhões de anos de existência, deu-lhe todos os condicionantes para o desenvolvimento da vida; acabando por atingir o escalão máximo que é a inteligência,  representada precisamente por um dos últimos animais que apareceram na Terra, mas que sobressaiu na escalada evolutiva.

O processo sofreu ao longo do tempo várias interrupções; numa seleção com vários acidentes no percurso, uns conhecidos da ciência, e outros que nunca virão ao nosso conhecimento.

Um dos maiores perigos a que a Terra está exposta, vem do vértice da inteligência animal o “Homo Sapiens”, que chegou ao momento crucial da sua existência; é ele que nos últimos 300 anos quando se deu início à primeira revolução industrial, que tem vindo a agredir com gravidade o seu Habitat, levando á extinção de milhares de outras espécies que connosco partilham o Planeta Terra.

Muitos deles entraram na evolução dezenas de milhões de anos antes de nós; muitas espécies, que foram extintas por ação do homem, poderiam ter evoluído daqui a milhares ou milhões de anos, a um nível superior ao Homo Sapiens que é o único ocupante do planeta, que vive em estado contínuo de beligerância com os outros animais, e também com os da sua espécie; para além de muito pouco ter feito para inverter os danos que tem causado, muniu-se de capacidade para o destruir o Planeta várias centenas de vezes.

O perigo de colisão com meteoritos ou cometas que frequentemente nos visitam, alguns deles como a exemplo o que provocou a cratera do Arizona há 120.000 anos; ou mais recentemente, um cometa que devastou uma grande área  deserta com milhares de quilómetros quadrados em Tunguska na Sibéria, no dia 30 de junho de 1908.

Estes acontecimentos que referi, não passam de uma picada de mosquito no dorso de um elefante, se forem comparados com a colisão com a Terra há 66 milhões de anos atrás, na província do Yucatán no México, onde o impacto de um enorme meteorito extinguiu quase de imediato, 90 por cento da vida animal e vegetal existente;  que levaria centenas de milhões de anos  para reiniciar o processo evolutivo, a partir dos sobreviventes subaquáticos e do subsolo.

Ninguém sabe ao certo, as forças “envolvidas na seleção” que levou à extinção da vida que já existia há mais de mil milhões de anos.

Não é de todo impossível “uma intervenção no processo vinda do exterior”; mas existe uma possibilidade de ter havido paragens e arranques nos caminhos da evolução, como que de uma correção a ter que ser feita.

Uma coisa é certa; se não fosse aquele acontecimento há 66 milhões de anos, este comentário nunca teria lugar; a Terra que sofreu uma destruição total inicialmente com o fogo que a queda do meteorito provocou, veio posteriormente a sofrer uma era glaciar.

Em suma; se nos mantivermos com o ritmo de desenvolvimento desde a primeira revolução Industrial que teve início há 300 anos, o homem ainda precisará de pelo menos 3000 anos de evolução tecnológica, para seguirmos no caminho das estrelas; o planeta Terra será então a nossa rampa de lançamento para a grande aventura do homem pela Galáxia, que tem 120.000 anos luz de diâmetro.

Não estou a pensar em viagens como a que colocou o primeiro homem na Lua em 1969, e sondas que já saíram para lá dos confins do nosso sistema Solar; mas sim para as estrelas mais próximas, entre as quais se encontram por exemplo Alfa de Centauro que fica a 4.3 anos luz de distância.

A luz viaja a 300.000 quilómetros por segundo; uma ida e volta à lua não chega a 3 segundos; e quando olhamos para a luz do Sol, esta já partiu há 8 minutos e 23 segundos.

Algumas destas estrelas terão nas suas órbitas, planetas que nos servirão de base de apoio para o Homo Sapiens iniciar o povoamento da Galáxia; nós humanos estamos localizados numa espiral a 30.000 anos luz do centro da (Via Láctea), que tem aproximadamente 200 biliões de Estrelas e cerca de 800 biliões de Planetas.

Os Astrónomos calculam a existência de 200 biliões de Galáxias no Universo.

Existir vida inteligente nas 100 Estrelas mais próximas de nós, seria o mesmo que encontrar uma agulha em 15 milhões de palheiros; mas encontrar uma civilização que se tenha desenvolvido em simultâneo com a nossa, teríamos que subir a escala 1000 milhões de vezes.

 J. Vitorino

J. Vitorino  – Astrónomo Amador

 

 

 

 

 

 

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