A ascensão e queda da espécie Humana

A ascensão e queda da espécie Humana

                                                                         

Base humana na Lua em 2221

É provável que os humanos nunca venham a estabelecer contacto extraterrestre com seres biológicos inteligentes; essa missão, ficará reservada às máquinas que nós iremos construir no futuro.

Não sou único a pensar que algures no Universo, inteligências oriundas de Galáxias diferentes se cruzem e comuniquem entre si, através da mais avançada inteligência artificial.

Nós humanos, já começámos a enviar para o Espaço os nossos descendentes robotizados; lembro que algumas sondas não regressaram à Terra, mas ainda estamos longe de as construir com capacidade e inteligência superiores à humana.

A inteligência Artificial levará a espécie humana a extinção

Elas serão inicialmente as embaixadoras da nossa espécie, para darem a conhecer quem fomos nós e o nível tecnológico a que chegámos; e ainda, expor as causas de não termos conseguido salvar a espécie humana.

A vida Extraterrestre Inteligente que procuramos força-nos a recuar 2800 milhões de anos no tempo, para compreendermos como atingimos a nossa.

Os aminoácidos, que representam as mais pequenas partículas, foram os elementos base da vida biológica tal como a conhecemos; compostos de carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio são a estrutura dos grupos amina e carboxilo, a que se juntaram muitos outros que estiveram na origem da vida na Terra; e que num longo processo evolutivo, culminou com uma espécie a atingir a inteligência.

Todos estes elementos foram (cozinhados dentro das Estrelas de neutrões, que no final das suas vidas acabaram por se transformaram em supernovas), expelindo os elementos que foram os propulsores da vida, e que milhões de anos depois chegaram até nós através dos cometas e asteroides que bombardearam a Terra durante mais de mil milhões de anos; por isso podemos afirmar que nós humanos, tivemos a nossa origem extraterrestre.

Grandes Cidades 

A fase seguinte que durou mais umas centenas de milhões de anos, em que a Terra foi continuamente atingida por estes corpos celestes arrefeceram a superfície do Planeta, de que resultou a formação da crosta que nos separa do magma incandescente; é a partir desta fase, que o vapor de água começa a formar os mares e oceanos, e alguns lagos salgados com características para desempenharem o papel de berços da vida; tendo esta fase durado 1000 milhões de anos.

Toda a eventual inteligência extraterrestre que tenha as mesmas características biológicas que a nossa, terá que trilhar o mesmo caminho evolutivo para poder chegar à inteligência.

Mas outros condicionalismos de peso têm que ser equacionados; sendo as distâncias entre Sistemas Solares e os Planetas que os orbitam, de vital importância para que em tempo da vida da Estrela, o processo não seja interrompido com o colapso da Estrela que orbitam.

Para se ter uma ideia das distâncias abismais que separam o Sol das vizinhas mais próximas, elas são equivalentes em milhões de vezes o tempo, desde que saímos das cavernas há um milhão e meio de anos.

A Estrela a quem podemos chamar de vizinha que é a (Próxima Centauri), um avião a jato levaria mais de 30 milhões de anos a lá chegar; e esta Estrela nem, sequer é orbitada por um planeta com as mesmas condições propícias à vida como aconteceu na Terra, que iniciou a sua formação há quase quatro mil milhões de anos.

A pesquisa para encontrar inteligência extraterrestre (SETI) não é um dado novo; compreende-se a ansiedade dos astrónomos, astrofísicos e cosmólogos nesta apaixonante busca, onde se estão a dar passos positivos, numa quase emergência de quem nos acode; sendo provável que só a possamos encontrar nas máquinas, que seres biológicos construíram há milhões ou talvez biliões de anos atrás; cujas civilizações colapsaram com o seu Sol, tendo ficado no cativeiro do Planeta que lhes deu origem, tal como poderá acontecer aos humanos aqui na Terra.

As máquinas híper-inteligentes que no futuro vamos  enviar para o Espaço, serão encontradas muito tempo depois da atual civilização humana desaparecer; e de outras que numa remota possibilidade nos possam sobreviver.

Estrela Deneb – Constelação Cygnus

Raio 141 230 000km – idade 10 mil milhões de anos 

Massa: 3,779 x 10^31kg (

A nossa Galáxia Via Látea que não é das mais pequenas, mas está longe de ser uma Super Galáxia, terá entre 180 e 200 biliões de Estrelas e aproximadamente o triplo em Planetas; 1000 milhões dos quais, são propensos ao desenvolvimento da vida como a conhecemos; algumas destas Estrelas têm dezenas de vezes a massa solar, como é o caso de Deneb na Constelação do Cisne; onde a NASA anunciou recentemente ter descoberto um Planeta (Kepler 452b), que orbita uma Estrela amarela com características semelhantes ao Sol;  sendo aquele Planeta muito similar à Terra, onde a vida  poderá acontecer numa eventualidade em 10.000 milhões.

Para muitos astrónomos não passa de uma notícia com pouca consistência, que como outras anteriores vai cair no esquecimento.

A nossa Galáxia é apenas uma das cerca de 200 biliões existentes no Universo; onde existem mais de um sextilião de planetas, que é um número quase irrealista que nos deixa a ideia de que neste momento, estão a nascer e a colapsar milhões de Estrelas e Planetas, e quem sabe civilizações.

Algumas delas, terão evoluído a um nível muito superior à nossa, sendo de admitir que uma ou mais tenha atingido o vértice tecnológico; com o qual conseguiram sobreviver ao colapso da Estrela que orbitavam, andando algures de Galáxia em Galáxia a passear a sua inimaginável tecnologia, sem serem detetados por outras civilizações como a humana.

Talvez que no futuro, o homem possa viajar no tempo e contatar outras civilizações, que tenham proliferado por todo o Universo ao longo dos 13.8 biliões de anos, aquela que é suposta ser a idade deste Universo, que teria tido a origem num Big Bang; uma teoria que está a ser contestada por muitos astrónomos e cosmologistas, que ao certo ninguém sabe, o que se teria passado antes de todos os tempos.

Joaquim Vitorino – Astrónomo amador

Jornalista e Diretor do Vila de Rei

 

 

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