A existência da alma, no conceito científico e filosófico
A misteriosa mecânica quântica
Não existe uma única religião em que a questão da vida após a morte não seja a centralidade e objetivo a alcançar, independentemente da religião que se professa.
A realidade da alma está entre as questões mais importantes da vida, e embora todas as religiões confirme a sua existência, como é que sabemos se as almas realmente existem?
Uma série de novas experiências científicas, ajuda a responder a esta antiga questão ligada à ideia de uma vida futura; e a crença de que a nossa existência continua após a morte é o princípio pelo qual pensamos e sentimos, mas que não depende do nosso corpo.
No entanto; o paradigma científico atual não reconhece essa dimensão espiritual da vida, e conclui que somos apenas a atividade de carbono e algumas proteínas que vivem e morrem; e que pressupostamente tudo teria sido elaborado nas equações, para que não haja necessidade de uma alma.
Mas o biocentrismo que é uma nova teoria de tudo, desafia este modelo de realidade tradicional e materialista, sendo um paradoxo desatualizado que leva a enigmas insolúveis e a ideias que para muitos é irracional; mas o conhecimento que é o prelúdio da sabedoria, em breve irá dar-nos uma outra visão dos fatos.
É evidente que a maioria das pessoas vê na alma algo mais do que o conceito científico; sendo considerada a essência incorpora de uma pessoa, que transcende uma existência material.
Quando muitos cientistas falam da existência da alma, é geralmente num contexto materialista ou num sinónimo de conforto para a mente; e tudo o que se sabe sobre a alma pode ser aprendido no estudo do funcionamento do cérebro diz a ciência, apontando a neurociência como o único ramo científico relevante para a sua compreensão.
Tradicionalmente a ciência descartou a alma como um objeto de crença humana, ou reduziu-a a um conceito psicológico do Mundo natural observável.
Os termos de “vida e morte” são os conceitos comuns da vida e morte biológica, e embora a neurociência tenha feito um enorme progresso sobre o funcionamento do cérebro, a questão da existência da alma permanece misteriosa; no entanto Platão, Sócrates, Kant, e Buda entre outros grandes professores espirituais, afirmavam existir uma relação entre o Universo e a mente do homem.
Recentemente; o biocentrismo e outras teorias científicas começaram a desafiar o antigo paradigma físico-químico, e a colocar algumas das questões difíceis sobre a vida; onde a existência da alma é uma realidade que aguenta os danos do tempo.
Pensar que a vida é apenas a atividade de átomos e partículas que giram por algum tempo e depois se dissipam no nada, não explica alguns dos principais enigmas da ciência moderna, incluindo o princípio da incerteza.
O enigma da mente humana
As experiências feitas neste campo, tornam cada vez mais claro que a mecânica quântica e as leis que moldam o Universo, não passam de mero conhecimento, que são insuficientes para converter uma possibilidade em realidade.
A ciência descarta as implicações dessas experiências; porque até recentemente esse comportamento dependia do pesquisador e está confinado ao mundo subatómico, a ser desafiado por cientistas de todo o Mundo.
Numa experiência recente; os cristais de KHCO3 mostraram que exibiam crescimentos quânticos em meio centímetro de altura.
Em 2013 um estudo em dupla fenda foi realizado com sucesso com moléculas, em que cada uma continha 810 átomos; no mesmo ano, uma molécula de 5.000 átomos exibiu com sucesso a dualidade onda-partícula, demonstrando que o comportamento quântico, poderia avançar no Mundo de objetos em escala humana.
Na verdade; os investigadores pensam que os vírus podem ser usados nestas experiências quânticas, e abrem a possibilidade de a testar nos organismos vivos, criando estados de superposição.
As experiências sugerem que os objetos só existem com propriedades reais se forem observados; e os resultados não só desafiam a nossa intuição, como também se pode concluir que uma parte da mente humana “é imortal”, e pode existir fora do espaço e do tempo.
A concluir eu acredito na existência da alma, como parte inseparável da nossa consciência; e que a ciência no futuro terá o caminho aberto, para compreender e provar a sua existência.
Joaquim Vitorino
Astrónomo Amador