A vida inteligente no Planeta Terra
Planeta Terra, nascer do Sol visto da Internacional Space Station.
A origem da vida na Terra, e provavelmente em toda a Galáxia e no Universo tem sido um tema inesgotável da ciência, que finalmente chegou a uma única conclusão, com a ajuda dos meios científicos e tecnológicos ao dispor do homem.
De onde vieram a maioria dos elementos essenciais à “construção” da vida?
Para esta questão os cientistas só encontram uma resposta; a essência da vida foi forjada no interior das Estrelas de neutrões, que depois de atingirem dezenas de milhões de graus celsius, explodem e transformam-se em supernovas; expelindo a maior parte da matéria, enquanto a remanescente se contrai até ao ponto de não deixar passar a luz, passando ao estado de um “Buraco Negro”.
Os astrónomos e astrofísicos estudam há dezenas de anos os elementos responsáveis pela vida na Terra, concentrando uma especial atenção nas Estrelas de neutrões mais periféricas do nosso sistema Solar, e a conclusão a que chegaram foi surpreendente; as supernovas podem ter desempenhado um papel fundamental na origem da vida, espalhada por toda a Galáxia e seguramente em todo o Universo.
Uma das mais observadas supernovas a nebulosa Cassiopeia A, é a que mais tempo tem ocupado os astrónomos em busca desses remanescentes produzidos nas fornalhas das Estrelas de neutrões, em alguns casos 200 vezes mais quentes que o nosso Sol.
Uma imagem do Observatório de raios-X Chandra, a NASA mostra a localização de diferentes elementos nos restos da explosão; silício vermelho, enxofre amarelo, cálcio verde e ferro roxo, que foram captados pelo Chandra com intervalos de energia estreitos; permitindo a criação de mapas de localização, onde a onda da explosão é vista como um anel exterior azul.
Os telescópios de raios-X como é o caso do Chandra, são para estudar remanescentes de supernovas e os elementos que produzem, onde as temperaturas geradas são extremamente elevadas; atingindo dezenas de milhões de graus, que se mantêm durante milhões de anos após a explosão.
Isso significa que os remanescentes brilham muito mais em comprimentos de raios X, sendo a observação feita pelos astrónomos indetetável com telescópios refletores, deixando essa missão para os potentes radiotelescópios.
Os dados de Chandra X que é o mais distante e famoso radiotelescópio em orbita, indicam que a supernova Cassiopeia A produziu quantidades prodigiosas de ingredientes cósmicos, que são a chave para o desenvolvimento da vida; expelindo cerca de 10 mil massas terrestres de enxofre, e de 20 mil massas terrestres de silício.
A supernova Cassiopeia A
Quanto ao ferro que esta Estrela deixou escapar quando explodiu, tem cerca de 70.000 vezes o existente na Terra, e um milhão de massas terrestres de oxigénio; sendo o total dos elementos ejetados para o espaço, equivalente a três vezes a massa do nosso Sol.
Para além dos elementos mencionados, o espectro eletromagnético do Chandra X detetou e existência de carbono, nitrogénio, fósforo, hidrogénio e oxigénio; o que significa que estão reunidos todos os elementos necessários para produzir DNA; concluindo que as moléculas que transportam as informações genéticas, foram encontradas em Cassiopeia A.
Esta Estrela que chegou a ter 16 vezes a massa Solar, sofreu duas explosões titânicas no passado; na primeira que ocorreu há vários milhões de anos, teria perdido 65% da sua massa e a segunda explosão terá ocorrido em 1680, e foi observada pelos astrónomos da época.
Quanto ao ADN/genoma dos humanos, são de invulgaridade extrema; onde a probabilidade do acontecimento sem intervenção (Superior) é de apenas uma, num trilião de trilião de triliões; pelo que podemos admitir que somos únicos com estas características não só na nossa Galáxia, como nas outras 200 biliões existentes no Universo; pelo que, temos que salvar a nossa espécie de quem a quer destruir.
Chandra, porta aberta ao Infinito.
Lembro que o Mundo entrou recentemente em pânico climático, levando a várias cimeiras promovidas ao mais alto nível, onde a discussão de dois graus a mais de temperatura até ao fim do século podem fazer toda a diferença, para que o nosso Planeta possa assegurar a sustentabilidade da vida como a conhecemos.
Todos os elementos químicos vindos das Estrelas de neutrões, foram depois reativados nos lagos salgados que serviram de maternidade á propulsão da vida na Terra; onde os aminoácidos e nucleotídeos que formaram os blocos de proteínas ADN e ARN, iniciaram uma incrível caminhada de mais de dois mil milhões de anos até ao aparecimento do homo sapiens; que é (provavelmente) o único habitante da Terra a ter atingido a inteligência, e a consciência do seu posicionamento no sistema Solar e no Universo.
Telescópio James Webb
A algumas destas questões o Telescópio Espacial James Webb dará brevemente algumas respostas; para outras, os humanos ainda não estão preparados para as receberem.
OBS: O Autor acredita que a vida na Terra sofreu várias correções ao longo de mais de 3000 milhões de anos, para que uma espécie viesse a atingir a inteligência; os desígnios nunca serão do conhecimento humano, enquanto o Planeta não for pacificado e desnuclearizado, para que os humanos possam atingir uma Civilização perfeita.
J. Vitorino – Astrónomo Amador