A grande ameaça da espécie humana
Binário de Asteróides Didymos
Os humanos estão longe de terem atingido a tecnologia suficiente, para que a sua “espécie” possa sobreviver; entre as grandes ameaças a que estão sujeitos e que mencionarei no final do texto, uma delas tem um potencial devastador, com capacidade para eliminar por completo toda a humanidade.
A mais mortífera, seria o provável impacto de um grande Asteroide com a Terra; lembro que o homo sapiens deve a sua existência, ao impacto de um Grande Asteroide com a Terra há 65 milhões de anos; que como consequência foi reiniciado um novo ciclo de vida, que em lento processo deu origem ao homem e posteriormente à inteligência.
O alerta foi recentemente levado ao conhecimento público, mas não é uma novidade para os Astrónomos e Astrofísicos de todo o Mundo; em que os primeiros vasculham incansavelmente o Céu noturno, na tentativa de localizar qualquer movimento suspeito da aproximação com a Terra; para em caso de perigo, alertarem de imediato a NASA e a ESA, para que tomem todas as iniciativas para minimizar os terríveis efeitos de uma colisão de um grande Asteroide com o nosso Planeta, que acabaria com toda a vida inteligente na Terra.
Ao longo da História da Humanidade, Pensadores, Filósofos, Astrónomos e Astrofísicos, anteviram a destruição da humanidade o “Apocalipse” Revelação na versão grega.
Uma das maiores ameaças à vida inteligente no nosso Planeta e no Universo, é a alta probabilidade de um Asteroide colidir com planetas habitados disse Stephen Hawking, numa intervenção citada pelo jornal britânico Express, no âmbito do movimento global “Asteroid Day”, que teve no guitarrista dos Queen Brian May também Astrofísico, um dos mais famosos apoiantes.
Hawking; falecido recentemente e que foi um famoso Astrofísico, disse que a humanidade pode autodestruir-se nos próximos 100 anos; e avisa que o impacto com a Terra de um “Asteroide pesado” dos muitos existentes no espaço, são uma perigosa e real ameaça para a nossa espécie.
Uma recente notícia de que a NASA e a ESA (Agências Espaciais Norte-Americana e Europeia) estavam a preparar uma missão ao Espaço, para testarem tecnologias, que possam vir a ser usadas para desviar Asteroides em rota de colisão com a Terra, veio colocar a comunidade científica em “alerta máxima-discreta”, para não criar pânico generalizado nos 8000 milhões de humanos.
A NASA tem manifestado especial atenção a (Bennu com 500 metros de diâmetro), conhecido como “Asteroide da Morte“ que pode um dia vir a colidir com a Terra.
Mas este não é o único perigo que os Astrónomos receiam; sabemos que para além de (Bennu), muitos outros vagueiam perigosamente na aproximação com a Terra, entre os quais se destaca o Asteroide (Didymos); um sistema binário sob vigilância dos Astrónomos, e está a aproximar-se perigosamente da Terra.
Bomba de Hidrogênio Czar do arsenal russo com 58 megatons, 3300 vezes a potência da que foi lançada em Hiroshima.
As Associações Internacionais dos Astrónomos Amadores, são responsáveis por mais de 95% das descobertas destes bólides que vagueiam próximos da Terra; e a campanha Asteroid Day visa consciencializar o Planeta, para a necessidade de investir mais em recursos para aumentar essa identificação.
A melhor forma de proteger a Terra e a vida do impacto de um grande Asteroide, é encontrá-los primeiro; disse o Astronauta da Apollo 9 Rusty Schweickart, que foi um dos fundadores do Asteroid Day.
A missão conjunta da NASA e da ESA iniciada em 2022 foi apelidada de AIDA, (Avaliação de Impacto e Deflexão de Asteroides) e será dividida em duas partes; a ESA terá a função de avaliar o impacto do objeto e as suas consequências, e a NASA ficará com a responsabilidade de Redirecionar o Asteroide.
Ambas as tarefas consistem em enviar sondas espaciais ao sistema binário (Asteroides Didymos); que medem 850 e 150 metros de diâmetro respetivamente.
É difícil aos astrónomos conseguir caracterizar a superfície dos Asteroides, devido ao seu tamanho; e a sonda a enviar terá de lidar com a gravidade extremamente baixa, e velocidades muito lentas para conseguir realizar os testes com sucesso; para que no futuro possamos defender o nosso Planeta de uma eventual colisão com a Terra.
Os exercícios foram organizados pela NASA, e pela Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), com participação de laboratórios Nacionais, centros públicos de ciência e tecnologia, e do Departamento da Energia dos EUA e do Pentágono representado pela Força Aérea.
As outras três grandes ameaças são da autoria do homem e todas elas já estão em curso; que é a destruição do clima pelo excesso na utilização de recursos energéticos, que poderá provocar o efeito de estufa no Planeta, que com toda a certeza o conduzirá ao Big Freeze (época do gelo), e à escassez alimentar e da água, se não for rigorosamente controlado o crescimento demográfico.
A mais perigosa de todas ameaças a curto prazo, é o arsenal nuclear existente do Planeta, que atingiu a capacidade de o destruir centenas de vezes; e ainda, a possibilidade de ser utilizada uma (pandemia) como arma de guerra, cujos efeitos seriam devastadores em todo o Mundo.
J. Vitorino – Astrónomo Amador – Jornalista e Diretor do Jornal Vila de Rei