A humanidade à beira do colapso
Inteligência Artificial
Estamos a caminho de uma civilização perfeita?
Cientistas e filósofos pensam que será esse o desígnio da humanidade, para no futuro podermos atingirmos o centro da nossa Galáxia e nos expandirmos por todo o Universo, através dos nossos descendentes robotizados; a muitos deles, terá sido implantado o backup da mente humana, que posteriormente não terá interesse para eles porque a ultrapassaram muitas vezes em inteligência.
A atual civilização ainda está muito longe de alcançar o pináculo da perfeição, e até estamos a regredir nesse objetivo enquanto aumenta o nosso desenvolvimento tecnológico.
Uma civilização perfeita não implica que ela seja baseada na tecnologia, que deu um salto enorme nas últimas décadas; o que tem contribuído para esgotar as reservas energéticas, que no futuro serão necessárias para um dia podermos partir para as Estrelas, em busca de um habitat semelhante à Terra, para aí colocarmos a nossa espécie a salvo da extinção.
O Homem é um caso à parte da Natureza porque é o único habitante na Terra que a sabe entender; onde é pressuposto ter um papel determinante num “programa” que envolve a nossa espécie; e que o Planeta Terra teria provavelmente sido a escolha há milhões de anos atrás, para que um dos habitantes do Planeta atingisse a inteligência.
Estas são as questões que a filosofia nos seus variados campos tem colocado, para irmos ao encontro de muitas perguntas que ainda não tiveram resposta; onde a mais relevante de todas seria um dia compreendermos quem somos e porque fomos “selecionados” sendo nós dos últimos a aparecer na escala da evolução.
Civilização mesopotâmica 3 100 aC
Provavelmente o homem terá recebido algumas mensagens, quando começamos a abandonar as “Grutas do Lago Tanganica” e seguimos em todas as direções do Globo terrestre; mas por algum motivo ainda não estamos à altura de as receber, ou porque frustramos as espectativas depositadas em nós, ou não evoluímos como inicialmente estaria previsto.
Em filosofia determinista nada nas nossas vidas é fortuito, porque tudo o que acontece não será um mero acaso; não sendo de excluir que barreiras nos tenham sido colocadas, pelo que tivemos de passar ao plano seguinte, para atingirmos metas e objetivos que no primeiro não conseguimos cumprir.
É provável que não fossemos inicialmente incluídos no “programa”, e que tenhamos surgido após um imprevisto dano colateral; tendo eventualmente a nossa evolução vindo a ser controlada, face ao perigo que representamos para as outras espécies.
Desde que abandonou as cavernas à beira do Lago Tanganica em África, o homem tem deixado grandes estragos por onde passa; sendo o Século XX o mais marcante de toda a sua história, onde mais de 500 milhões de humanos morreram vítimas de conflitos ou em consequência deles; o que talvez tenha rompido com a confiança que foi depositada no homem quando este foi adotado (digamos assim).
Digo adotado, porque quando surgimos já a vida existia no Planeta há mais de 1000 milhões de anos, e o homem surgiu de um processo evolutivo que teve início após a queda do Grande Cometa no Yucatán (Golfo do México) há 65 milhões de anos; e quando aparece há 1,5 milhões de anos, constituiu de imediato um perigo para si próprio e para as outras espécies.
A aliança homem máquina acabará, quando os humanos perderem o seu controle.
Ainda hoje predominam marcas inconfundíveis da passagem do homem pelas cavernas, que se manifestam pelo ódio e intolerância entre grupos, e mais tarde entre cultos e religiões que chegaram até aos nossos dias; e que nem os próprios sabem o porquê, de terem sido por elas arrastados.
Se é pressuposto que o homem tenha algum objetivo ou missão a cumprir, terá que trilhar um longo caminho para chegar a uma “civilização perfeita”; onde a igualdade, a fraternidade e a solidariedade sejam o mote que os humanos levarão quando partirem para as Estrelas, para salvarem a sua espécie da extinção se for esse o seu desígnio, até que inteligência artificial nos conduza à extinção como espécie.
Se refletirmos no avanço da tecnologia dos últimos 70 anos, compreendemos que os humanos se encontrem numa fase de transição comportamental; com avanços e recuos, onde a razoabilidade está a perder terreno, com todas as consequências dos muitos conflitos existentes no Globo, com origens territoriais e religiosas.
O robot como parceiro de sexo, reduzirá a população da Terra.
Existem evidências de que o homem pode estar a viver a última e derradeira civilização na Terra, não obstante ter atingido um nível tecnológico surpreendente; mas ainda não conseguiu conciliar-se com a Natureza, e vive permanentemente em conflito com os da sua espécie, e também com os outros animais que connosco coabitam.
Algumas das civilizações que nos procederam, não conseguiram atingir o nível tecnológico da atual; no entanto, elas sobreviveram milhares de anos.
Os próximos 78 anos, vão ser determinantes para a sobrevivência da espécie humana; onde a escassez energética e alimentar irá colocar um grande desafio à nossa capacidade e inteligência, para pacificar o Planeta no campo religioso e político; onde será mais que provável, a adoção de uma nova ordem económica Mundial, para poder retirar da pobreza extrema metade da população terrestre, que poderá ser em 2100 cerca de 14.000 milhões; ou talvez não passe de uns milhões ou centenas de milhares de sobreviventes.
Bomba do arsenal nuclear russo, com 3300 vezes o poder da que os americanos lançaram em Hiroshima.
No entanto, existem outros perigos que podem interromper a nossa existência; que é sermos atingidos por algo vindo do exterior, como a exemplo um grande meteorito colidir com a Terra, ou um holocausto nuclear provocado pelo próprio homem.
J. Vitorino – Jornalista
Diretor do Vila de Rei