Marte, será a nossa mais longa viagem

Marte, será a nossa mais longa viagem

                                                               

Planeta Marte 

A distância entre a Terra e Marte é muito variável, e pode ir de 54.7 a 400.1 milhões de quilómetros e uma média de 225, com um ano de 687 dias versus 365 da Terra.

Uma possível viagem do homem a Marte, marcará o “canto do cisne” de toda a nossa epopeia no espaço; e toda a logística associada a uma aventura interplanetária que será a primeira, enfrentará inúmeros riscos; onde a imponderabilidade, é a maior preocupação dos cientistas.

O objetivo Marte que para nós astrónomos é mesmo aqui ao lado, será equivalente às viagens de circunavegação de Fernando de Magalhães e de Vasco da Gama à India.

É provável que a viagem a ser realizada, seja a única a ser feita pelos humanos a um outro Planeta; porque serão as máquinas híper-inteligentes que iremos construir no futuro, que levarão para as Estrelas o conhecimento que lhes vamos transmitir; não obstante as máquinas robotizadas serem muito mais inteligentes que nós, os humanos serão sempre reconhecidos como os seus construtores.

Inicialmente algumas serão semi-humanas), e levam com elas o nosso ADN com a missão de levar ao conhecimento de toda a Galáxia, de que fomos os seus “criadores” que no futuro serão conhecidos como “Os Mágicos do Cosmos”.

Os Astrónomos terão ao seu dispor três poderosos instrumentos para poder “viajar” até ao Universo profundo, e saber o que se passou a partir daquele milionésimo de segundo que deu origem ao tempo.

Nascer do Sol em Marte

O SKA ( Sky Kilometer Array ) cujas antenas estão já a ser construídas na Austrália,  África do Sul,  Argentina e Mozambique, contam com a colaboração de alguns países  incluindo Portugal; que no conjunto, perfazem um quilómetro quadrado de área, tornando-o no mais poderoso radiotelescópio do Mundo; e o E-ELT ( European Extremely Large Telescope ) com 39 metros de diâmetro será o maior Telescópio refletor construído até hoje, e está a deixar a comunidade Científica numa alta mas reservada espectativa; a que se junta o poderoso Telescópio Espacial James Webb, recentemente colocado a uma distância da Terra equivalente a quatro vezes a da Lua.

 

Telescópio Espacial James Webb

Telescópio E-ELT – Montanha Atacama Chile

Enquanto se aguarda pela entrada em ação destes dois Telescópios, que constituem dois instrumentos fundamentais para o sucesso desta arrojada viagem interplanetária, a NASA continua quase em segredo a preparação para a colocação do primeiro humano em Marte que poderá ser uma mulher.

Alyssa Carson ainda adolescente, foi a escolhida para pisar o solo marciano em 2033 terá então 32 anos; Alyssa tem seguido escrupulosamente todo o treino, ao qual ainda vai estar sujeita por mais 11 anos.

A Terra vista da Lua em 1969

Ainda não se sabe ao certo quantos Astronautas irão a Marte, numa viagem que pode durar entre um ano e meio e três anos “ida e volta”, sendo o risco principal o longo período no Espaço; os possíveis companheiros de viagem de Alyssa, são ainda crianças ou adolescentes.

O treino rigoroso a que todos estão sujeitos incide sobre todas as capacidades físicas e mentais exigíveis ao limite; sendo a mais importante a emocional, onde uma pequena falha pode colocar toda a tripulação e missão em risco.

Marte é o grande desafio dos humanos, e a primeira das grandes barreiras que o homem terá que transpor, para não deixarmos extinguir a nossa espécie.

Os Cientistas trabalham arduamente para não deixar esmorecer o ânimo das décadas de 50/60 que colocou o 1º homem na lua.

O “projeto Marte” é de Wernher Von Braun e data de 1947; foi o primeiro estudo detalhado para uma viagem a Marte, mas só 22 anos depois conseguimos chegar à Lua; os condicionalismos económicos e conflitos no globo como o atual na Ucrânia, têm constituído um entrave a uma “Grande Aliança Planetária” na exploração Espacial, com a finalidade de nos salvarmos de muitos perigos que nos ameaçam.

Lembro que o ADN humano é de uma raridade tal, que a probabilidade da sua existência ter sido um (acontecimento acidental na evolução das espécies) é de uma num trilião de trilião de triliões; o que se coloca a eventualidade a nossa existência ter sido decida por “Um Criador”,  conclusão a que chegou um grupo de cientistas de diversas religiões, em que também faziam parte agnósticos e ateus.

O objetivo desta viagem de alto risco,  não é encontrar vida em Marte mas sim testar a nossa capacidade para que o Planeta vermelho possa ser se necessário, um refúgio provisório em caso da nossa espécie estar em risco de extinção total; onde entre vários perigos vindos do exterior está um provocado pelo próprio homem; um conflito nuclear em larga escala, poderia aniquilar 2 terços da população da Terra, os restantes não conseguiam resistir muito tempo ao (inverno nuclear) que nos conduziria ao Big Freeze (era glaciar).

A possibilidade de uma civilização tecnológica, se ter desenvolvido em simultâneo com a nossa num raio periférico de 15.000 anos-luz, (a distância que nos separa do centro da nossa Galáxia Via Láctea), é de uma em 10.000 milhões; o que coloca em primeiro plano dos cientistas a nossa sobrevivência, porque é de nós que ela dependerá..

Joaquim Vitorino 

 

 

 

 

 

 

Share