As grandes ameaças da humanidade

Asteroide 2016 F9                                                 

Os humanos terão que sair da Terra para que a sua espécie possa sobreviver; entre as grande ameaças que vão estar sujeitos e que mencionarei no final do texto, uma delas tem um potencial devastador, com capacidade para limpar por completo toda a humanidade.

A mais mortífera entre elas, seria o provável impacto de um Asteroide com a Terra; por ironia, o homem deve a sua existência ao impacto de um Grande Asteroide com a Terra há 65 milhões de anos; que como consequência foi reiniciado um novo ciclo de vida, que em lento processo deu origem ao homem e posteriormente à inteligência.

O alerta foi recentemente levado ao conhecimento público, mas não é uma novidade para os Astrónomos e Astrofísicos de todo o Mundo; em que os primeiros vasculham incansavelmente o Céu noturno, na tentativa de localizar qualquer movimento suspeito na aproximação com a Terra; para em caso de perigo alertarem de imediato a NASA e a ESA, para que tomem todas as iniciativas para minimizar os terríveis efeitos de uma colisão de um grande Asteroide com o nosso Planeta, que acabaria com a esmagadora maioria da vida existente na Terra.

Ao longo da história da humanidade; filósofos, astrónomos, astrofísicos e pensadores, anteviram a destruição da humanidade o “Apocalipse” revelação na versão grega.

Asteroid Didymos – sistema binário com 800 e 150 metros de diâmetro respetivamente.

Uma das maiores ameaças à vida inteligente na Terra e não só, é a alta probabilidade de um asteroide colidir com planetas habitados disse Stephen Hawking recentemente falecido, numa intervenção citada pelo jornal britânico Express no âmbito do movimento global “Asteroid Day”, que tem no guitarrista dos Queen Brian May que também é astrofísico, um dos mais famosos apoiantes.

Hawking famoso astrofísico falecido recentemente, disse que a humanidade  pode autodestruir-se nos próximos 100 anos; e avisa que o impacto com a Terra de um “Asteroide pesado” dos muitos existentes no espaço, são uma perigosa e real ameaça para a nossa espécie.

Uma recente notícia de que a NASA e a ESA (Agências Espaciais Norte-Americana e Europeia), estavam a preparar uma missão ao Espaço para testarem tecnologias, que possam vir a ser usadas para desviar Asteroides em rota de colisão com a Terra, veio colocar a comunidade científica em “alerta máxima-discreta”, para não criar pânico generalizado nos 8000 milhões de humanos.

Asteroide 2014 JO25

A NASA tem manifestado especial atenção a (Bennu com 500 de diâmetro) conhecido como “Asteroide da morte“, que pode um dia vir a colidir com a Terra; mas este não é o único perigo que os Astrónomos receiam; sabemos que para além de (Bennu), muitos outros vagueiam perigosamente na aproximação com a Terra; entre os quais se destaca o Asteroide (Didymos), um sistema binário que está sob vigilância dos Astrónomos, porque está a aproximar-se perigosamente da Terra.

Lembro que apenas uma pequena parte dos Asteroides que constituem uma real ameaça à humanidade foi identificada.

As Associações Internacionais dos Astrónomos amadores, são responsáveis por mais de 95% das descobertas destes bólides que vagueiam próximos da Terra; e a campanha Asteroid Day visa consciencializar o planeta para a necessidade de investir mais recursos para aumentar essa identificação.

A melhor forma de proteger a Terra e a vida do impacto de um grande Asteroide é encontrá-los primeiro, disse o Astronauta da Apollo 9 Rusty Schweickart que foi um dos fundadores do Asteroid Day.

A missão conjunta da NASA e da ESA está em curso e foi apelidada de AIDA, (Avaliação de Impacto e Deflexão de Asteroides), e será dividida em duas partes; a ESA terá a função de avaliar o impacto do objeto e as suas consequências, e os americanos vão ficar com a missão (teste) de o afastar da Terra.

Ambas as tarefas consistem em enviar sondas espaciais ao sistema binário (Asteroides Didymos), que medem 800 e 150 metros de diâmetro respetivamente, e que passaram pela Terra em 6/9 de 2022 a uma distancia de 11 milhões de quilómetros, com um período orbital de 770 dias.

É difícil aos astrónomos conseguir caracterizar a superfície dos Asteroides devido ao seu tamanho; e a sondas a enviar terão de lidar com a gravidade extremamente baixa, e velocidades muito lentas para conseguir realizar os testes com sucesso para que no futuro, possamos defender o nosso Planeta de uma eventual colisão com a Terra.

Os exercícios de alerta contínua são efetuados pela NASA e pela Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), com participação de laboratórios Nacionais, centros públicos de ciência e tecnologia, e do Departamento da Energia dos EUA e do Pentágono, representado pela Força Aérea.

As outras três grandes ameaças são da autoria do próprio homem e todas elas já estão em curso; a destruição do clima provocada pelos humanos, a nuclearização do Planeta que atingiu a capacidade de o destruir centenas de vezes, e a possibilidade de ser utilizada uma (pandemia) como arma de guerra, cujos efeitos seriam devastadores em todo o Mundo.

J. Vitorino – Jornalista – Astrónomo amador

Diretor do Jornal Vila de Rei

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