a humanidade em alerta máxima
Os humanos terão que pensar seriamente em sair do seu berço a Terra para que a sua espécie possa sobreviver; entre as ameaças a que estão sujeitos e que mencionarei no final do texto, uma delas tem um potencial devastador; com capacidade para limpar por completo toda a humanidade.
As mais mortíferas das ameaças, seria o mais que provável (mas difícil de prever no tempo), impacto de um grande Asteroide com a Terra, como aconteceu há 65 milhões de anos; ou, um conflito nuclear em larga escala que depois de iniciar dificilmente será “travado”; porque o objetivo principal dos agredidos, será aniquilar completamente o agressor.
Por ironia, o homem deve a sua existência ao impacto de um Grande Asteroide com a Terra há 65 milhões de anos; que como consequência foi reiniciado um novo ciclo de vida, que em lento processo deu origem ao (homo sapiens); que num processo evolutivo veio posteriormente atingir a inteligência.
Nas imagens, o Asteroide 2013 TX68 e a bomba nuclear russa (Tsar) considerada a mais potente do mundo; testada em 1961, foi desenvolvida por um grupo de cientistas soviéticos, onde se incluía Andrei Sarkarov prémio Nobel da Paz em 1975.
O alerta foi recentemente levado ao conhecimento público, mas não é uma novidade para os Astrónomos e Astrofísicos de todo o Mundo; em que os primeiros vasculham incansavelmente o Céu noturno, na tentativa de localizar qualquer movimento suspeito de aproximação com a Terra; para em caso de perigo, alertarem de imediato a NASA e a ESA, para que tomem todas as iniciativas, para minimizar os terríveis efeitos de uma colisão de um grande Asteroide com o nosso Planeta, que acabaria com toda a vida inteligente na Terra.
Ao longo da História da Humanidade, Pensadores, Filósofos, Astrónomos e Astrofísicos, anteviram a destruição da humanidade o “Apocalipse” Revelação na versão grega.
Uma das maiores ameaças à vida inteligente na Terra, e noutros Planetes algures em toda a Galáxia e no Universo, é a elevada probabilidade de um Asteroide colidir com planetas habitados disse Stephen Hawking, numa intervenção citada pelo jornal britânico “Daily Express” no âmbito do movimento global “Asteroid Day”, que tem no guitarrista dos Queen Brian May que também é Astrofísico e Astrónomo Amador, um dos mais famosos apoiantes.
Hawking; famoso Astrofísico e escritor recentemente falecido, disse que a humanidade pode autodestruir-se nos próximos 100 anos num (conflito nuclear em larga escala), e avisa que o impacto com a Terra de um “Asteroide pesado” dos muitos existentes no espaço, são uma perigosa e real ameaça para a nossa espécie.
Uma recente notícia de que a NASA e a ESA (Agências Espaciais Norte-Americana e Europeia) estavam a preparar uma missão ao Espaço para testarem tecnologias, que possam vir a ser usadas para desviar Asteroides em rota de colisão com a Terra, veio colocar a comunidade científica em “alerta máxima-discreta”, para não criar pânico generalizado nos 8000 milhões de humanos.
A NASA tem manifestado especial atenção a (Bennu com 500 de diâmetro), conhecido como “Asteroide da morte“, que pode um dia vir a colidir com a Terra.
Mas este não é o único perigo que os Astrónomos receiam; sabemos que para além de (Bennu), muitos outros vagueiam perigosamente na aproximação com a Terra; entre os quais se destaca o Asteroide (Didymos), um sistema binário que está sob vigilância constante dos Astrónomos, e está a aproximar-se perigosamente da Terra.
Asteroide Armageddon num contexto Bíblico
Lembro que só uma pequena parte dos Asteroides que constituem uma real ameaça à humanidade, foi detetada e identificada pelos Astrónomos.
As Associações Internacionais dos Astrónomos Amadores de que eu faço parte, são responsáveis por mais de 95% das descobertas destes bólides que vagueiam próximos da Terra; e a campanha Asteroid Day visa precisamente, consciencializar todos os países do Planeta, para a necessidade de investir mais recursos para detetar a tempo essa grande ameaça, com a identificação do perigo a tempo útil.
A melhor forma de proteger a Terra e a vida do impacto de um grande Asteroide, é encontrá-los primeiro; disse o Astronauta da Apollo 9 Rusty Schweickart, que foi um dos fundadores do Asteroid Day.
A missão conjunta da NASA e da ESA, está em curso desde 2022 e foi apelidada de AIDA, (Avaliação de Impacto e Deflexão de Asteroides) e será dividida em duas partes; a ESA terá a função de avaliar o impacto do objeto e as suas consequências, e os americanos vão ficar com o teste de redireccionamento do Asteroide.
Asteroides Didymos
Ambas as tarefas consistem em enviar sondas espaciais ao sistema binário (Asteroides Didymos), que medem 850 e 150 metros de diâmetro respetivamente, cujo último contato do Telescópio Espacial James Webb, ocorreu a 27/10/2023.
É difícil aos astrónomos amadores conseguirem caracterizar a superfície dos Asteroides devido ao seu tamanho; e a sonda a enviar terá que lidar com gravidades extremamente baixas, e velocidades muito lentas para conseguir realizar os testes com sucesso; para que no futuro, possamos defender o nosso Planeta de uma eventual colisão com a Terra.
Os exercícios foram organizados pela NASA, e pela Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), com participação de laboratórios, centros públicos de ciência e tecnologia, e do Departamento da Energia dos EUA e do Pentágono, representado pela Força Aérea.
As outras três grandes ameaças são da autoria do homem, e todas elas já estão em curso; a destruição do clima provocada pelos humanos, a nuclearização do Planeta que atingiu a capacidade de o destruir centenas de vezes, e a possibilidade de ser utilizada uma (pandemia) como arma de guerra; cujos efeitos seriam devastadores em todo o Mundo.
J Vitorino – Astrónomo Amador – Jornalista – Diretor