2025 Ano de Esperança e Dúvida?
Os portugueses não têm motivos para grande otimismo, mas devem encarar o ano de 2025 com “alguma esperança”, que será imprescindível para que o nosso país descole da pobreza, que atingiu grande parte da população.
Portugal regrediu nos últimos anos em padrões essenciais para o nosso desenvolvimento, para o qual também tem contribuído os fracos rendimentos dos portugueses.
Aos “deserdados da democracia” que são os milhões de pobres existentes no nosso país, ainda lhes resta uma ténue expectativa de que o futuro lhes seja um pouco mais promissor; só que essa decisão, continua nas mãos de quem há mais de 50 anos tem ditado a sua sorte.
Desde 1974 que Portugal tem sido governado pelos mesmos partidos políticos, que o tem sujeitado a uma maré de imprevisibilidades e de interesses, a que se junta ao longo de 5 décadas alguns fatores externos.
Muitas das Instituições que têm a cobertura de constitucionalidade como algumas Fundações, estão há muito tempo desenquadradas da realidade portuguesa porque absorve milhões aos contribuintes, e constitui um entrave à nossa recuperação económica, que é fundamental para dar esperança às nossas crianças e às futuras gerações.
Os portugueses estão divididos entre ricos e pobres, com os últimos em manifesta desvantagem em consequência das políticas económicas e sociais, que têm há décadas vindo a ser ajustadas às teorias partidárias; nunca existindo um consenso de convergência para dar esperança às nossas crianças, que continuam a ser das mais pobres da Europa Ocidental; uma marca negativa para quem nos representa lá fora, e também os nossos emigrantes que muito dignamente representam o seu país.
A pobreza em Portugal continua a ser a marca indelével, enquanto os dois principais partidos PSD/PS continuarem em conflito de interesses, que tem sido uma barreira à nossa recuperação económica; só um entendimento entre estas duas forças políticas, é o único caminho para erradicar a pobreza em Portugal.
Todas as semanas venho ao mundo rural e das pescas na zona do litoral Oeste, onde a atividade é em grande parte assegurada pela 3ª idade, porque a esmagadora maioria dos jovens optou por emigrar, deixando pais e avós a cuidar das terras; só que alguns já estão desatualizados e pouco produtivos, e sem recursos para aquisição de nova maquinaria.
É urgente implementar medidas para nivelar para cima os que têm menos; e não esconder as verdadeiras causas da pobreza; muitos dos pobres recentes, integravam há poucos anos a classe média do nosso país que era a mais produtiva; e a que poderá assegurar a sustentabilidade, de um Portugal mais próspero e justo para todos sem exceção.
É importante devolver a dignidade aos portugueses em geral, e a esperança aos nossos jovens e crianças em particular; para que no “futuro possam ter orgulho”, em terem nascido neste belo país Portugal.
J. Vitorino – Diretor