
EDITORIAL: A Caminho de Marte, por J. Vitorino
Antevisão futurista: Uma Colónia humana em Marte
Nota: Muito antes de Elon Musk ter nascido e de Armstrong ter chegado á Lua, já se falava deste ambicioso objetivo humano em Silicon Valley “Universidade de Stanford”, e nos centros de investigação em Santa Clara, San José e Palo Alto Califórnia.
Uma possível viagem dos humanos a Marte, marcará o “canto do cisne” de toda a nossa epopeia no espaço; toda a logística associada a uma viagem interplanetária que será a primeira enfrenta inúmeros riscos, onde a imponderabilidade é a maior preocupação dos cientistas.
A água é a fonte da Vida; e a calote gelada de Marte, é uma esperança a ter em conta para a sobrevivência da espécie humana.
Por isso a ida a Marte que para nós Astrónomos é mesmo aqui ao lado; o impacto pelo feito se for levado a bom termo, será equivalente às viagens de circunavegação de Fernando de Magalhães e de Vasco da Gama à Índia.
É provável que a viagem a Marte a ser realizada seja a única a ser feita pelos humanos, porque serão as máquinas híper-inteligentes que iremos construir no futuro, que levarão às Estrelas o conhecimento que lhes vamos transmitir; não obstante elas virem a ser muito mais inteligentes que nós, seremos sempre reconhecidos como os seus progenitores; (algumas serão semi-humanas) e levam com elas o nosso ADN, com a missão de levar ao conhecimento de toda a Galáxia que fomos os seus “criadores”, a quem no futuro virão a chamar “Os Mágicos do Cosmos”.
SKA (Square Kilometer Array) um quilómetro quadrado de antenas, em busca de Inteligência Extraterrestre.

Telescope (E-ELT) o Olho do Universo
Os caminhos vão ser abertos para a maior aventura humana de todos os tempos; e os Astrónomos terão em breve ao seu dispor, dois poderosos instrumentos para poder “viajar” até ao Universo profundo, e saber o que se passou a partir daquele milionésimo de segundo que deu origem ao tempo.
Alyssa Carson (foto acima) ainda adolescente, foi a escolhida para pisar o solo marciano em 2033 terá então 32 anos; Alyssa, tem seguido escrupulosamente todo o treino ao qual ainda vai estar sujeita por mais 8 anos.
Ainda não se sabe ao certo quantos Astronautas irão a Marte, uma viagem que durará 4 anos “ida e volta” sendo o risco principal um longo período no Espaço; os possíveis companheiros de viagem de Alyssa ainda são desconhecidos.
O treino rigoroso a que todos vão ser jeitos, incide sobre todas as capacidades físicas e mentais exigíveis ao limite; sendo a mais importante a emocional, onde uma pequena falha pode colocar toda a tripulação e missão em risco.
Marte é o grande desafio; a primeira das grandes barreiras que o homem terá que transpor, para não deixarmos extinguir a nossa espécie, e os Cientistas trabalham arduamente para não deixar esmorecer, o ânimo das décadas de 50/60 que colocou o 1º homem na lua.
O “projeto Marte” é de Wernher Von Braun (na Foto) e data de 1947, e foi o primeiro estudo detalhado para uma viagem a Marte, mas só 22 anos depois o homem conseguiu chegar à Lua.
Os condicionalismos económicos, e os vários conflitos no globo, têm constituído um entrave a uma Grande Aliança na exploração Espacial.
O objetivo desta viagem não é como muitos fantasiam; e não é encontrar vida ou inteligência em Marte que nos move, mas sim testar a nossa capacidade para que Marte possa ser se necessário, um refúgio provisório em caso da nossa espécie estar em risco de extinção.
Lembro; que a possibilidade de uma civilização tecnológica, se ter desenvolvido em simultâneo com a nossa num raio periférico de 15.000 anos-luz, é de um em 10.000 milhões; o que coloca em primeiro plano dos cientistas a nossa sobrevivência, porque é de nós que ela dependerá.
J. Vitorino – Diretor do Vila de Rei
