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A Força de Defender o Que é Correto, o Que é de Lei, e as Decisões dos Tribunais.

A Força de Defender o Que é Correto, o Que é de Lei, e as Decisões dos Tribunais.

Será que, nos dias de hoje, a moralidade, os princípios e o respeito pela lei são vistos como obstáculos ao sucesso dentro de um classe? E se o preço da ascensão for a omissão, a mentira ou o desrespeito pelo primado da lei, será esse o caminho certo?

Para mim, a resposta é inequívoca: não. Prefiro levantar a voz, com firmeza e convicção, em defesa dos valores que considero essenciais. Porque, mesmo quando o mundo parece recompensar os atalhos e as concessões, acredito que a verdadeira força reside na integridade. Há quem ainda respeite a instituição que representa, quem envergue a toga com honra e quem se recuse a ceder ao jogo sujo do poder.

Cumprir a lei não é uma questão de interpretação conveniente, mas de respeito pelo seu espírito e pela sua letra. Quando se atropelam as normas e se ignoram as decisões dos tribunais, o impacto vai além do imediato: corrói-se a confiança coletiva na justiça e mina-se a coesão social. Pior ainda, perde-se algo fundamental: a própria identidade ética. E, nesse cenário, onde fica o interesse coletivo? Onde fica o bem-estar de uma profissão que deveria ser sinónimo de integridade e responsabilidade?

A nossa classe precisa de um renascimento ético. Precisa de reencontrar os seus princípios fundadores, de cultivar o respeito mútuo e de recuperar a confiança na lei e naqueles que a aplicam. Não há espaço para exceções ou favoritismos, porque o verdadeiro prestígio nasce da coerência entre o que se defende e o que se pratica. Cada um de nós tem o dever de contribuir para esse propósito, mostrando que a integridade não é uma fraqueza, mas a maior das forças.

Sim, os princípios podem até não garantir o poder imediato, mas levam-nos a algo muito mais valioso: a paz de consciência, o respeito por nós próprios e o reconhecimento genuíno daqueles que partilham dos mesmos valores. E, no final, é isso que realmente importa. Porque é assim que se molda o futuro — com coragem, ética e a certeza de que vale sempre a pena fazer o que é certo.

Dr. Pedro Carrilho Rocha – Advogado

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