
A última fronteira humana, por J. Vitorino
Uma possível viagem dos humanos a Marte, marcará o “canto do cisne” de toda a nossa epopeia no espaço; toda a logística associada a uma viagem interplanetária que será a primeira, enfrenta inúmeros riscos; onde a imponderabilidade, é a maior preocupação dos cientistas.
Por isso uma ida a Marte que para nós Astrónomos é mesmo aqui ao lado será pelos riscos, equivalente às viagens de circunavegação de Fernão de Magalhães e de Vasco da Gama à Índia.
É provável que a viagem a Marte a ser realizada, seja a única a ser feita pelos humanos; porque serão as máquinas híper-inteligentes que iremos construir no futuro, que levarão às Estrelas o conhecimento que lhes vamos transmitir; não obstante elas virem a ser muito mais inteligentes que nós, seremos sempre reconhecidos como os seus progenitores; (algumas serão semi-humanas), e levam com elas o nosso ADN, com a missão de levar ao conhecimento de toda a Galáxia que fomos os seus “criadores” a quem no futuro, virão a chamar “Os Mágicos do Cosmos”.

E – ELT o maior Telescópio do Mundo.
Os Astrónomos terão brevemente ao seu dispor, dois poderosos instrumentos para poder “viajar” até ao Universo profundo, e saber o que se passou a partir daquele milionésimo de segundo que deu origem ao tempo.
O SKA (Sky Kilometer Array), cujas antenas estão já a ser construídas na Austrália, África do Sul, Argentina e Moçambique contam com a colaboração de alguns países incluindo Portugal; que no seu conjunto perfazem um quilómetro quadrado de área, tornando-o no mais poderoso radiotelescópio do Mundo; e o E-ELT (European Extremely Large Telescope) com 39 metros de diâmetro, será o maior Telescópio refletor construído até hoje; e está a deixar a comunidade Científica em espectativa, em particular Astrónomos e Astrofísicos.
Enquanto se aguarda pela entrada em ação destes dois Telescópios, que constituem dois instrumentos fundamentais para o sucesso desta arrojada viagem interplanetária, a NASA continua quase em segredo, a preparação para a colocação do primeiro humano em Marte.
Ainda não se sabe ao certo quantos Astronautas irão a Marte, uma viagem que durará 4 anos “ida e volta”, sendo o risco principal o longo período no Espaço; os possíveis companheiros de viagem de Alyssa se for a escolhida, seus nomes ainda são desconhecidos.
Alyssa Carson (NATO) começou ainda criança, o treino para ser o primeiro humano a pisar Marte.
O treino rigoroso a que todos estão sujeitos, incide sobre todas as capacidades físicas e mentais exigíveis ao limite; sendo a mais importante a emocional, onde uma pequena falha pode colocar toda a tripulação e missão em risco.
Marte é um grande desafio, e a primeira das grandes barreiras que o homem terá que transpor para não deixarmos extinguir a nossa espécie.
Os Cientistas trabalham arduamente para não deixar esmorecer o ânimo das décadas de 50/60 que colocou o 1º homem na lua.
O “projeto Marte” é de Wernher Von Braun e data de 1947; sendo o primeiro estudo detalhado para uma viagem a Marte, mas só 22 anos depois o homem conseguiu chegar à Lua.
Os condicionalismos económicos, e os conflitos permanentes no globo como o que está presentemente a acontecer, têm constituído um entrave a uma Grande Aliança na exploração Espacial.
O objetivo desta viagem não é como muitos fantasiam, que é encontrar vida ou inteligência em Marte, mas sim testar a nossa capacidade para que o Planeta vermelho possa se for necessário, um refúgio provisório em caso da nossa espécie estar em risco de extinção.
A existência de aproximadamente 14.000 ogivas nucleares nos arsenais do Planeta, serão suficientes para a destruir a Terra 200 vezes; algumas delas têm poder destrutivo, 3000 vezes superior à que destruiu Hiroshima.
A possibilidade de uma civilização tecnológica se ter desenvolvido em simultâneo com a nossa num raio periférico de 15.000 anos-luz, é de um para 10.000 milhões; o que coloca em primeiro plano dos cientistas a nossa sobrevivência, porque será sempre de nós que ela dependerá.
Nota: Artigo dedicado ao Papa Francisco; o “Grande Defensor da Paz e Conciliador da Humanidade”, a Quem Sinceramente Desejo Rápidas Melhoras.
J. Vitorino – Astrónomo Amador
Jornalista – Diretor do Vila de Rei
