Ficção e farsa climática

Ficção e farsa climática

 Terra, o Habitat do Homo Sapiens

A Terra é o “berço da humanidade”, o local onde se está a desenvolver uma incrível civilização tecnológica, à qual é  preciso dar continuidade, para que a nossa espécie aqui possa permanecer até atingirmos o pináculo da tecnologia, para que em caso de uma emergência climática ou outros perigos detetados a tempo, podermos colocar a nossa espécie a salvo algures no (dito Planeta b) que ainda não existe, mas que tem sido muito “falado” ultimamente.

A questão climática tem sido uma rampa de lançamento para aqueles, que tanto num passado recente como atualmente, foi a única via para saírem do anonimato a que estavam condenados; a exemplo do que aconteceu com alguns atores e políticos, que andavam eclipsados e desativados; logo a questão do clima se não for tratada cientificamente com seriedade, passa a ser ficção e uma fraude climática.

A atual civilização nunca conseguirá ter o domínio sobre o clima, porque a Terra tem ao longo de mais de 3.8 mil milhões de anos dado provas, de que é um planeta ativo e totalmente incontrolável; como provam as 5 extinções em massa que já sofreu, e vários (big freeze) eras glaciares, a última aconteceu há 650 milhões de anos aproximadamente no período criogeniano.

 “Big Freeze” era glaciar

Com base nesta realidade, teremos que ser nós humanos a ajustarmo-nos ao clima que temos, construindo no futuro máquinas para nos substituir, em condições em que o homem não tem capacidade de intervir.

Para tal; vamos precisar de mais oito a dez gerações (200 a 250 anos) de evolução tecnológica, para que a ciência avance no sentido de podermos beneficiar de uma Terra limpa, mas sempre imprevisível em acontecimentos que o homem não consegue prever atempadamente para poder minimizar os seus efeitos; em particular os que podem surgir vindos do exterior, como a colisão de um grande meteorito por exemplo.

Atualmente todo o nosso desenvolvimento tecnológico é baseado na energia fóssil, sendo uma enorme utopia pensar que tudo se pode alterar com um único clique; é preciso não esquecer que as energias alternativas que vão aparecendo no mercado, são complementadas pelos fósseis que são a principal base da sua produção, como para as guardar e transportar por exemplo.

O processo de mudança nos comportamentos de consumo, face às exigências dos que se dizem defensores de um Planeta livre de poluição, tem que ser feito gradual e sem radicalismos, como tem sido exigido pelos movimentos; aos quais se colaram partidos políticos, cujo objetivo é captação de votos sem terem em conta o rigor científico imprescindível, para se avaliar as perdas e ganhos de uma interrupção da evolução tecnológica, necessária para a humanidade poder dentro de 3 gerações (75 anos), acabar definitivamente com as energias fósseis.

A falsa causa climática está a enriquecer muita gente e a levar radicais ao poder em vários países, que nunca se dispuseram a escutar os cientistas, que com toda a certeza confirmariam que a energia fóssil é o único caminho, para num futuro próximo podermos prescindir dela.

Convém lembrar que cabe aos líderes mundiais, a responsabilidade de retirar centenas de milhões de seres humanos da pobreza; uma realidade que passa ao lado daqueles, que se dizem os defensores do clima na Terra, esquecendo os 2 500 milhões de humanos (um terço da população), que vive em condições inaceitáveis para quem defende o direito à vida.

É neste contexto que todo o “alarido” por uma terra limpa, foi considerado uma ficção e fraude climática por 30.000 cientistas de todo o mundo.

O alarme de uma catástrofe do clima em curso, começou a ser utilizada como potencial meio para dar visibilidade a algumas figuras conhecidas, como foi o caso Al Gore (ex-vice) do Presidente Clinton, e alguns ativistas que nada sabem de climatologia, astronomia ou astrofísica; tendo sido uma oportunidade para tentarem sair do anonimato, e fazer fortuna própria e enriquecer os seus familiares; e ainda outros que através das suas máquinas de propaganda política, promovem manifestações de jovens estudantes como está a acontecer um pouco por todo o mundo ocidental.

Não existe Planeta (b), como há dias dizia uma ativista sueca que repetiu mais de uma dezena de vezes (bla bla bla), numa atitude de deselegância e ofensa aos chefes de Estado de todo o mundo, num discurso apagado e sem sentido.

É que na minha opinião o tal Planeta (b) não existe, porque este será o habitat dos humanos por mais uns três mil anos; que é o “timing” científico para dar ao homem a tecnologia suficiente, para o podermos abandonar em caso de necessidade extrema.

Em alerta para contacto com o exterior 

Os fenómenos climáticos violentos não foram provocados pelo homem; que utiliza as energias fósseis e outras matérias sem as quais, não podíamos viver o momento de magia tecnológica atual.

Muitas das manifestações em nome do clima carecem de debate sério, para que os jovens de todo mundo saibam o que está em causa, e as limitações que existem para uma mudança radical no comportamento do consumo; que nenhum país pode fazer sem graves consequências para o seu crescimento, porque haveria um retrocesso no desenvolvimento tecnológico, de que não podemos de todo prescindir, para que o homem possa no futuro, colocar a sua espécie a salvo da extinção.

O debate sobre o clima e ambiente que não é bem a mesma coisa, tem que começar nas escolas primárias para se aprender como devemos preservar a Terra, para que as futuras gerações possam ficar gratas à atual, ao recordarem quem foi que iniciou a grande viragem para o futuro de um Planeta sem poluição; tenho quase a certeza, que é isso que vai acontece gradualmente e não de forma radical.

Recentemente a NASA divulgou que a Terra está mais verde, e também não é inteiramente verdade, muita coisa que se diz sobre o efeito de estufa.

É preciso escutar a ciência, para se saber em concreto o que ao longo dos tempos tem alterado o clima, se foram as três primeiras revoluções industriais (já estamos na quinta, mas muitos países ainda não saíram da terceira), sendo este o grande problema; ou se também têm contribuído os ciclos de atividade solar mais intensa e as erupções vulcânicas na Terra.

As alterações do clima e as “lutas” em sua defesa é a notícia do momento; foi tudo muito bem orquestrado, e os cientistas não responderam de imediato, deixando a dúvida alastrar e ganhar alguma consistência.

Terra vista de Saturno (ponto azul).

Na verdade; aqueles que andam nas ruas a gritar por um Planeta sem poluição, nada sabem sobre as causas verdadeiras que exigem medidas na contenção do consumo das energias fósseis é certo, mas esquecem que países como é o caso da China e India, ainda têm centenas de milhões de seres humanos para retirar da pobreza extrema.

A defesa do clima é uma medida que não pode ser colocada radicalmente em prática; porque nenhum país, consegue fazer a mudança total em menos de 4 décadas (40 anos).

Quanto aos combustíveis fósseis, que alimentam direta ou indiretamente metade da população da Terra, para os colocarmos de parte, teríamos que adaptar de raiz todas as indústrias no mundo a algo que ainda não sabemos bem o que será; porque não obstante estarmos na quinta revolução industrial, esta ainda utiliza a mesma matéria-prima que a primeira no início do Século XVIII.

É neste contexto que os humanos têm de encarar a defesa do seu habitat; temos que nos adaptar às condições do clima que temos, porque é de todo impossível que seja o clima a adaptar-se às nossas.

Cidade abandonada, um cenário provável

O que os ativistas estão a exigir das Nações com aplicação imediata é de todo impraticável; porque se fosse reduzido para metade o consumo das energias fósseis nos próximos 20 anos, centenas de milhões de seres humanos morreriam de fome; saíam dos seus países em busca de sobrevivência, provocando um efeito devastador em todo o mundo.

A resposta é na educação e restringir ao mínimo os meios de transporte mais poluidores e o uso de plásticos; e como alternativa, colocar ao serviço meios não poluentes o que não tem acontecido.

Como nota final, lembro que o Planeta Terra já sofreu cinco extinções em massa; a última aconteceu há 65 milhões de anos quando da queda de um grande meteorito no Yucatán México, dando recentemente origem a uma espécie inteligente (homo sapiens), que surgiu há menos de 2 milhões de anos, mas poderá ser a espécie a despoletar a sexta extinção com um holocausto nuclear em larga escala.

Joaquim Vitorino – Astrónomo Amador

 

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