Papa Francisco, “a economia que mata”.

A visita de Sua Santidade o Papa Francisco ao Santuário de Fátima em maio de 2017, colocou Portugal no topo dos grandes acontecimentos mundiais; e deixou-nos algumas mensagens, para refletirmos neste dia 26 de abril de 2025, em Francisco vai para a sua última morada, a Basílica de Santa Maria Maior a seu pedido.

Vivemos um dos períodos mais conturbados e perigosos da história da Humanidade, e o mundo precisa de um novo rumo para minimizar a diferença cada vez maior entre ricos e pobres, que está na origem das grandes conflitualidades entre povos e Nações, e a ser um meio de propaganda para justificar, o radicalismo religioso e ideológico entre os povos.

Francisco pedia frequentemente para rezarem por Ele, e não era por temer pela sua vida; porque deu muitas vezes provas de que não tinha medo, ao fazer-se transportar em carro aberto nos vários países que visitou.

Papa Francisco no Santuário de Fátima em 2017

O Chefe supremo da Igreja Cristã sabia ser muito difícil alterar uma situação de injustiça milenar, que também se instalou na sua própria Instituição; mas os tempos tinham que ser de mudança, e os cristãos têm que dar o exemplo.

Desde o primeiro dia em que foi Aclamado Papa, que Francisco tentou marcar a diferença dos seus antecessores.

Todos os dias o número de seres humanos que atingem a pobreza extrema, é milhares de vezes superior ao de novos milionários; esta triste realidade, coloca 2000 milhões de seres humanos a lutarem pela sobrevivência.

Se este terrível paradigma não mudar, a humanidade começa a perder a esperança de ver algum equilíbrio e aproximação, entre os que tudo têm e os que nada possuem.

Francisco sabia ter chegado o momento para a missão a cumprir; mas precisava de muito do apoio dos fiéis, e daqueles mais próximos que não foram muitos.

A Igreja Cristã não pode continuar a ostentar tanta riqueza; sendo esta uma questão discordante nas altas hierarquias desta Instituição com 2000 anos, e que colide com um princípio de que Francisco I nunca abdicou, que foi a sua condição de Jesuíta; foi assim que chegou a Papa, e assim continuou até ao final dos seus dias.

Papa Francisco no Santuário de Fátima

Desde a sua primeira apresentação aos fiéis, que Francisco pediu humildemente para que rezassem por Ele, para reforçar a sua determinação em alterar algumas das causas, que tanto no passado como recentemente, afastaram muitos fiéis da Igreja Cristã.

Foi para os fazer regressar, que os últimos três Papas  desempenharam um papel determinante nesta viragem de atitudes e preconceitos, que teve como alvo principal os Jovens que foram uma preocupação constante de São João Paulo II; porque serão eles os grandes transmissores das novas doutrinas e mentalidades, que terão como base a defesa dos direitos humanos, alicerçados na solidariedade e na dignidade da pessoa humana; só assim a Igreja Cristã conseguirá reafirmar-se, na vanguarda daqueles que defendem um mundo justo.

Maria e Francisco no Santuário de Fátima

São João Paulo II despertou a Juventude; sabia que seriam eles a dar o início à esperada mudança, invertendo muitos dos comportamentos que são algumas das causas identificadas do empobrecimento, que tem provocado terríveis danos sociais em muitos dos casos irreparáveis.

Francisco sabia que combater a pobreza nas suas raízes não vai ser uma tarefa fácil; mas não se pode esperar mais, pois ninguém melhor que Ele entendia o sofrimento daqueles, que nasceram em berços de pobreza, e nunca tiveram uma oportunidade para sair dela.

O Papa Francisco alertou de que só com a solidariedade haverá algum equilíbrio na repartição dos bens, que leve à erradicação da fome no planeta; e que a zona com mais incidência deste flagelo, poderá a curto será a Europa.

Papa Francisco à partida de Fátima

Após ser aclamado Papa, Francisco alertou a comunidade internacional de que muitos países estavam a empobrecer a um ritmo muito perigoso, situação que poderá levar a um conflito entre nações ricas e pobres; tendo de imediato utilizado a sua autoridade, como mediador no combate às grandes desigualdades; uma situação explosiva, que já entrou em contagem decrescente.

O Mundo teve os olhos postos neste Homem dotado de uma grande humildade, que esteve sempre decidido a marcar a diferença dos seus antecessores.

As grandes assimetrias no Planeta Terra, estão perigosamente a alimentar o radicalismo e o ódio entre Nações; e coloca em risco a existência do cristianismo e de outras religiões, para dar lugar ao (culto da personalidade) como já está a acontecer em países como a China por exemplo; tendo sido esta a grande preocupação do Papa Francisco, que o tornou diferente de todos os seus antecessores.

Nota do Autor aos céticos e descrentes de Fátima.

Em 1917; nenhuma tecnologia poderia ser utilizada porque à época não existia, que simulasse uma aparição como por exemplo em Holograma que hoje seria possível; mesmo assim a ciência de hoje teria a capacidade, para contrariar qualquer encenação!

A Virgem Maria apareceu em Fátima aos pastorinhos em 1917; e na mensagem que nos deixou fez referência à Rússia, numa provável preocupação que está hoje à vista de todos.

Que Deus o Tenha na Sua Guarda; e que Dê ao Futuro Papa a Benção, para continuar na Terra o Obra Missionária de Francisco.

Joaquim Vitorino – Diretor