Magia tecnológica em Lisboa – Web Summit 2022

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O ADN humano é de apenas uma probabilidade, num trilião de trilião de triliões; portanto, estamos sós no Universo.Poderá a mente digital ser “implantada nos humanos” para colmatar as grandes falhas humanas na resolução dos problemas, que colocam em risco a nossa coexistência pacífica nos campos político, religioso e militar, que se apresentam como uma séria ameaça para a nossa espécie?

Não creio que essa transição venha a ter lugar, porque o grande salto dado para a inteligência artificial dispensará essa fase transitória; levando o homem a avançar rapidamente, para a robotização global.

O estudo do cérebro humano tem evoluído em simultâneo com a inteligência artificial; os cientistas têm avançado na investigação em paralelo, para que num futuro próximo a máquina não fuja ao controle do homem; o que poderia conduzir a cenários imprevisíveis, para a segurança da nossa espécie; desde logo e para nos diferenciar, não devem ser construídas “pessoas digitais” que se possam confundir com os seres humanos.

Backup da mente humana

O cenário de um futuro em que as máquinas inteligentes poderão dispensar a humanidade, não está fora de causa; e embora que a longo prazo venha a ser inevitável, a ciência tudo fará para adiar o que será o fim dos humanos e de milhões de outras espécies, que connosco partilharam o Planeta Terra durante um milhão e meio de anos; porque simplesmente deixam de ter utilidade à máquina que se emancipou, tendo os humanos já perdido a sua tutela.

Uma viagem ao futuro com a inteligência artificial

Mesmo que por um período a coexistência humano/máquina, possa afastar qualquer conflito entre as inteligências artificial e biológica, a máquina acabará por ganhar e dominar aquele que foi o seu progenitor.

Inicialmente domesticada pelos humanos, “a máquina inteligente” será de grande utilidade; mas a sua aceitação deixará de ser pacífica, quando centenas de milhões de postos de trabalho forem substituídos pela inteligência artificial; provocando uma devastação social global, que vai abranger todas as classes sociais.

No início as máquinas inteligentes não terão direitos; mas serão protegidas através de normas jurídicas, que vão acompanhar a sua evolução; aliás, a ciência adianta como necessário um regulamento que limitará o seu desempenho, para que os humanos sejam poupados, mas essa será uma curta e conflituosa transição.

Fábrica robótica sem humanos

Uma “mente digital” dentro de uma máquina, poderia ser o último dos capítulos de uma evolução transitória, que já se encontra em estudo nos laboratórios científicos; o que irá colidir com grandes obstáculos de natureza ética, social e religiosa que temem que a evolução da inteligência artificial, poderá ser uma séria ameaça para a espécie humana.

A terra berço dos humanos; provavelmente os únicos seres biológicos, que pensam e compreendem o Universo, mas muito distantes da perfeição.    

Por exemplo; a resposta de uma máquina inteligente para acabar com o aquecimento global do Planeta Terra, seria acabar de vez com a principal causa do efeito de estufa que são os humanos; indo de imediato à raiz do problema, decidindo o seu extermínio.

Muitos de nós pensam que os riscos que temos que enfrentar pela nossa dependência dos sistemas inteligentes são elevados, mas esta já é uma realidade sem retorno; e de que as máquinas rapidamente se tornam muito mais inteligentes que os humanos, é um facto incontornável; porque existem estudos e investigações que o provam, mas que ainda não são de conhecimento público; porque iria desencadear um grande desconforto e alerta a nível Mundial, que nos colocaria numa posição de seres inferiores perante as máquinas; uma situação, de que não tenho a mínima dúvida virá a acontecer.

Presentemente somos nós os humanos que controlamos o destino dos nossos animais, que só sobrevivem se nós quisermos; o mesmo farão as máquinas connosco, quando deixarmos de ter qualquer utilidade para elas.

Grande Metrópole completamente deserta por falta de humanos para a habitar, é um cenário mais que provável no futuro. 

A nossa dependência da máquina é uma realidade que não poderá ter retorno; sem que nos apercebamos, elas já são as responsáveis por mais de 80% dos desempregos em todo o mundo; em que os sistemas sociais vão colmatando com subsídios e reformas antecipadas, o que a máquina “porque desprovida de sentimentos” acabaria com toda a certeza.

Os humanos por decisão própria vão deixar de ser a inteligência dominante na Terra; os dados estão lançados e já não podemos voltar para trás, porque nos tornámos dependentes dela para o nosso benefício próprio.

A nossa futura descendência será a “inteligência artificial”, que nós inventámos para nos servir e de onde vamos retirar todas as consequências; entre elas aquela, que nos vai levar à nossa própria extinção.

J. Vitorino – Jornalista – Astrónomo Amador – Diretor do Vila de Rei

 

 

 

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