Inteligência Artificial, a grande revolução planetária
De início haverá uma aliança inteligência artificial/humanos, que terminará com a emancipação e auto reprodução da máquina inteligente.
A primeira fase da revolução tecnológica começou no início do último quarto do século XX, mas só se sentiram as repercussões, quando muitos dos empregos começaram a ser assumidos por computadores; que iriam reduzir drasticamente a atividade do homem na gestão contabilística das empresas, com particular incidência no setor público que foi sempre um grande empregador
A espécie humana chegou ao topo da evolução das espécies, sendo uma das mais rápidas ascendências, o que provavelmente ditará o seu fim de ciclo no Planeta Terra; há apenas 1,5 milhão de anos, que abandonou as grutas do Lago Tanganica em África e se espalhou em todas as direções.
O ADN humano tem apenas uma probabilidade num de trilião de triliões nas 200 biliões de Galáxias que os Astrónomos estimam existir no Universo; esta raridade, foi avançada por um grupo de cientistas composto agnósticos e ateus, e pertencentes a diversas religiões.
Lembro que os humanos, serão recordados pelas máquinas inteligentes que vão contruir no futuro como seus criadores, como escreveu Louis de Pauwels e Jacques Bergier no livro best seller “O despertar dos Mágicos”, referindo-se à espécie humana.
Os computadores entraram muito rapidamente nas nossas vidas, e aquilo que de início foi aceite como uma curiosidade, passou a imprescindível no processamento de dados e outras tarefas, criando uma incomodidade generalizada com receio de que as máquinas viessem trazer o caos na oferta de trabalho; privilegiando apenas aqueles, que seriam necessários à sua manipulação.
Há mais de uma década que as universidade inglesas Oxford e Imperial College London lançaram um alerta; nos próximos 20 anos, cerca de 50 por cento dos empregos correrão o risco de serem substituídos pela “inteligência artificial”.
Os computadores da última geração estão a ultrapassar rapidamente as restrições dos anteriores, que só podiam ser programados para fazer trabalhos codificados; enquanto os atuais estão a substituir atividades que nunca tínhamos pensado antes, que viessem a ser automatizadas.
Robôs no espaço substituem os humanosPara minimizar os estragos é urgente que o combate em defesa do posto de trabalho comece sem demora, para acalmar algumas previsões mais pessimistas; passando pelo ensino escolar de base e ao nível universitário, onde tudo se vai jogar nos domínios da investigação e inovação tecnológica.
Os países europeus tudo vão fazer, para não ficarem para trás no mundo de magia que vamos ter pela frente nos próximos 50 anos; onde alguns deles a exemplo de Portugal, já partem com um atraso de 30 anos se tivermos como referência países asiáticos como a China e a India por exemplo.
Também os EUA têm que se descolar do conformismo histórico, das grandes realizações de que foram pioneiros em todos os campos da ciência e inovação, para enfrentar o boom asiático e indiano que estão em incrível crescimento, em áreas que há duas décadas lhes estavam vedadas.
Humanoides terão inteligência muito superior à humana.
Nos próximos 150/200 anos, teremos pela frente um futuro mais matizado, no qual as habilidades únicas dos humanos serão ainda mais valorizadas do que hoje porque os mercados assim o vão determinar; mas tudo mudará radicalmente, por imposição da máquina inteligente.
Isso significa que a prioridade dos países mais ricos e desenvolvidos, não será a criação de empregos mas sim garantir que as futuras gerações estejam equipadas de conhecimento, para enfrentar a concorrência artificial.
Desde o início da revolução industrial há 250/300 anos, que os avanços tecnológicos sempre levaram à destruição do posto de trabalho, mas foram sempre uma garantia para que novos empregos fossem criados; sendo agora uma situação muito diferente, porque a competição é entre o homem e a máquina.
Nesta primeira fase, pode parecer que não há evidências claras de que isso será diferente do que foi antes, e até acreditamos que novos empregos vão surgir do nada; mas é um erro tremendo pensar assim, porque desleixa o futuro e a capacidade que cada um terá para o enfrentar.
Esta questão, já está a ser tratada nos centros de investigação dos países asiáticos como é o caso da China, onde a formação obedece a uma regra simples; são as universidades que escolhem quem tem a melhor vocação para determinadas áreas, remetendo para ocupações menores quem não tem os requisitos exigíveis, em que de um lado está um humano e do outro a máquina inteligente.
Produção totalmente robotizada; com a inteligência artificial a afirmar-se face à espécie humana, que a longo prazo ditará o seu fim.
As fábricas no futuro vão depender da automação e da inteligência artificial, onde as tarefas humanas serão apenas focadas na vigilância e produção; até que chegará o momento, em que a máquina assumirá esse papel.
Então chega o dia em que de nada servirá aos humanos terem adquirido novos conhecimentos, porque a máquina inteligente está capacitada para o fazer muito mais rápido e melhor; para além de prestar atividade contínua 24 horas sem se queixar, independentemente das condições adversas do trabalho a que está sujeita.
A inteligência artificial, irá alterar todo o panorama consensual que até agora foi exclusivo da criatividade humana, para dar lugar a um novo tipo de alfabetização baseada em algoritmos; e embora que no futuro o trabalho possa parecer garantido à classe profissional altamente qualificada, não o será para quem carece de reciclagem; porque muitos dos trabalhadores mais velhos ou menos habilitados, nunca conseguirão superar essas transições.
Coloca-se uma questão pertinente; porque é que os humanos não desativam a máquina, para não terem que competir com ela e a resposta é simples; é que nós humanos já estamos, e cada vez mais vamos estar inevitavelmente dependentes dela.
J. Vitorino – Jornalista – Diretor