Juventude mundial encontra-se em Lisboa

O Papa Francisco será o Grande Anfitrião da Jornada da Juventude em 2023.        

Lisboa será de 1 a 6 de agosto de 2023, palco da Jornada Mundial da Juventude (JMJ); é um evento religioso que foi instituído pelo Papa São João Paulo II em 20 de dezembro de 1985 cujo objetivo, é reunir milhões de jovens de todo o Mundo.

Faz todo o sentido que Portugal tenha sido escolhido para este encontro que durará seis dias, porque foram os portugueses os primeiros a levar a cultura ocidental e o testemunho da Fé Cristã aos quatro cantos da Terra; e como bons acolhedores que sempre fomos, vamos receber o melhor que podemos os Jovens de todo o Mundo, independentemente das suas culturas, raças, e religiões que professam.

A Ponte Vasco da Gama com 17.185 metros de comprimento, terá esta visão do local principal do acontecimento.

O grande encontro da Jornada da Juventude terá lugar no Parque das Nações em Lisboa junto à Ponte Vasco da Gama, precisamente num local onde a vista sobre o Rio Tejo ficará para a posteridade como um ícone do acontecimento, e um “elo” entre os jovens que vão estar a representar os seus países em Lisboa 2023.

Vista panorâmica de Lisboa

Despertar os Jovens para o número de seres humanos que atingem todos os dias a pobreza extrema é uma prioridade, mas não será tarefa fácil; porque o número de milionários no mundo não param de crescer, e detêm 93% de toda a riqueza mundial.

Esta realidade coloca 2800 milhões de habitantes do Planeta Terra, a lutarem todos os dias pela sobrevivência.

Se este terrível quadro não mudar, muitos serão aqueles que começam a perder a esperança de algum dia poderem ver algum equilíbrio, entre os que tudo têm e os que nada possuem.

Francisco tentou várias vezes levar o tema à discussão e assume-o como uma missão a cumprir; mas precisa de muito apoio dos fiéis e também daqueles mais próximos de si, que terão que abdicar de muitos dos privilégios adquiridos ao longo dos tempos.

Francisco assumiu o combate contra a desigualdade desde o início do seu Pontificado.

Papa Francisco é uma voz de esperança

Nunca um Papa tinha antes pedido aos fiéis que rezassem por ele como Francisco o fez no seu primeiro dia de Pontificado; porque segundo Ele, milhões a rezar reforçará a sua determinação em alterar alguns dos paradigmas, que no passado e recentemente afastaram milhões de fiéis da Igreja.

É precisamente para os fazer regressar que os últimos três Papas cada um  ao seu tempo, vão desempenhar um papel fundamental nesta viragem em que o alvo principal serão os jovens, que foram uma preocupação constante de São João Paulo II; porque serão eles no futuro, os transmissores das novas mentalidades que terão como base a defesa dos direitos humanos, alicerçados na solidariedade, no conhecimento e dignidade dos povos; só assim a Igreja Cristã conseguirá reafirmar-se na vanguarda, dos que defendem um Mundo justo para todos os povos da Terra; tendo sido esta a verdadeira mensagem, que Jesus Cristo nos deixou.

São João Paulo II despertou a Juventude, para que fossem eles a dar o início à esperada mudança; invertendo muitos dos comportamentos que são algumas das causas identificadas do empobrecimento, que tem provocado terríveis danos sociais, muitos deles irreparáveis.

Francisco sabe que combater a pobreza vai ser uma tarefa árdua mas não pode esperar mais; as palavras não matam a fome a mais de 150 milhões de cristãos, e ninguém melhor que ele entende o sofrimento daqueles que nasceram no berço da pobreza; em que 90% tem sido herdada de gerações em gerações; num ciclo de tragédias familiares que levaram à perda da esperança, em atingir um futuro mais promissor.

O Papa Francisco está decidido a lançar este alerta até ao fim do seu Pontificado; a paz no mundo só será alcançada com um equilíbrio na repartição de bens, que leve à erradicação da fome no Planeta.

Um dos Continentes com incidência deste flagelo a curto prazo será a Europa, que foi o berço da civilização e do cristianismo.

São João Paulo II

São João Paulo II foi o grande precursor da abertura a leste, com o movimento solidariedade na Polónia, que esteve na origem da queda do muro de Berlim; nessa missão Bento XVI esteve sempre a seu lado, e iria ser um Papa de transição por duas razões; São João Paulo II não era de fácil substituição, e Bento XVI era de ascendência alemã, tendo inclusive se alistado na força aérea do seu país aos 14 anos de idade.

Bento XVI

Desde o início do seu Pontificado, que Francisco I vem alertando a comunidade internacional de que muitos países estão a empobrecer a um ritmo muito perigoso; uma situação explosiva, que poderá levar a conflitos de consequências imprevisíveis; onde a sua autoridade moral, terá sempre um papel de mediador.

O mundo Cristão tem os olhos postos neste homem que continua a dar provas de uma grande humildade, e decidido a marcar a diferença dos seus antecessores.

OBS: À juventude de todo o Mundo em particular a Cristã, que terá em suas mãos a difícil decisão de inverter o terrível paradigma, que é a humanidade escolher os caminhos da solidariedade entre povos, ou optar pela degradação social e desigualdades a todos os níveis, que nos conduzirão com toda a certeza à confrontação em larga escala; que numa situação de desespero entrará como último recurso as armas de destruição massiva, que conduzirá o Planeta Terra ao “inverno nuclear”, e a longo prazo a mais que provável extinção da espécie humana.

J. Vitorino – Jornalista – Diretor