Enigmas da Consciência, por J. Vitorino

Enigmas da Consciência, por J. Vitorino

   

A Consciência                                                          

Um dos maiores enigmas da espécie humana é a consciência; ela é o disco rígido da mente, e também a única responsável por cada uma das nossas decisões e atitudes; julga e absolve cada um dos nossos atos mesmo aqueles, que para nós não tem qualquer relevância.

Nada passa ao lado da nossa consciência; e mesmo que não nos apercebamos, ela tem poder absoluto sobre nós.

A consciência não se deixa levar por tudo o que à partida parece ser para nós o mais conveniente, alertando sempre quando das nossas decisões e procedimentos; que não podem ser justificados, como ignorância involuntária.

Tudo o que se tem escrito sobre a evolução não exclui um programa definido de “QUEM” nos colocou no topo da inteligência animal; e que teria sido determinado não interferir na utilização que os humanos iriam dar, a esta poderosa arma ao seu dispor que é a consciência; que seria uma das muitas etapas a transpor, para que os humanos possam no futuro atingir a perfeição.

Num contexto filosófico; cada um de nós dispõe do livre arbítrio de escutar a sua consciência, para não atingirmos deliberadamente aqueles, que se encontram no caminho das decisões que a nossa consciência nos dita sem que nos apercebamos.

O homem porque inteligente é de grande perigosidade; mas possui a consciência para contrapor este fator negativo que herdou das cavernas, e que nos diferencia dos outros animais.

Os sentimentos que nos diferem dos outros animais como o amor, a compaixão e a solidariedade não se afirmam muito diferentes, porque estes também criam e protegem os seus filhos, e lutam por eles; enquanto muitos dos humanos manifestam arrogância e falta de humildade, e sentem inveja e ódio pelo seu semelhante; matam por prazer e indiciam um feroz sentido de vingança, enquanto os outros animais fazem-no inconscientemente pela sobrevivência.

Muitos de nós, dizemos ter agido de acordo com o que nos ditou a nossa consciência o que não é verdade; ela dá-nos sempre um pré-aviso que nos confronta com o bem e o mal, mas muitos de nós decide quase sempre de acordo com a conveniência.

Não nos podemos arrogar que a inteligência é exclusiva dos humanos, porque muitos dos animais que connosco partilham o planeta também a têm, e tratam os da sua espécie e também os humanos muito melhor do que nós.

A consciência é o pilar da mente; que filtra constantemente os nossos pensamentos, rentabiliza as nossa boas atitudes e feitos, e reprova inexoravelmente tudo que é condenável; como a imoralidade, o roubo, e o benefício próprio em detrimento de outros.

Sempre em vigilância constante; será a nossa consciência que apresentará muito provavelmente, a pesada conta no final das nossas curtíssimas vidas.

Os humanos foram presenteados com esta benesse que nos distingue dos outros animais a consciência; o que nem no campo filosofal alguém no concreto, tem uma explicação aceitável para o que ela representa nós humanos; talvez um “pêndulo” da nossa vivência física, através do qual tudo será contabilizado.

O avanço da ciência no século vinte deixou a descoberto algumas fragilidades no pensamento e análise a nível do cérebro humano; e as descobertas no campo da física e biologia, ainda não chegaram a uma conclusão; que é onde a consciência humana entra nos domínios da ciência, que muito recentemente foi aceite em algumas Universidades a “Parapsicologia”.

J. Vitorino – Jornalista – Diretor

 

 

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