Sua Santidade Papa Francisco, a Rezar em Fátima quando da Sua Visita a Portugal em 2017; ano da Cimeira sobre o clima, evento que teve lugar no Vaticano.
O nosso habitat o Planeta Terra, está a caminho da extinção em massa; os Oceanos em declínio, os solos contaminados, e a poluição atmosférica deram sinais evidentes, de um desastre ambiental em curso de consequências imprevisíveis.
Biólogos e ecologistas de todo o mundo há anos que lançaram um sério aviso; se não forem tomadas medidas urgentes, metade de todas as espécies da Terra podem desaparecer até ao fim do século XXI; este cenário negro já tinha sido colocado durante uma Conferência sobre o clima, que decorreu no Vaticano em 2017 sob a chancela do Papa Francisco, nos dias 27 de fevereiro a 1 de março de 2017.
Biólogos e ecologistas de todo o mundo aproveitaram o evento para discutir como se pode evitar esta progressão fatal para a extinção.
No início do próximo século, enfrentamos a possibilidade de perder metade da nossa vida selvagem, foi um alerta lançado pelos biólogos que participaram na conferência promovida pelo Vaticano; entre os presentes no debate estava o biólogo Peter Raven, professor do Jardim Botânico do Missouri nos EUA; e um dos mais creditados participantes na conferência, que em declarações que fez ao Jornal The Guardian falou num contexto assustador; em que os humanos esquecem, que só um “Mundo vivo” pode manter a sustentabilidade do nosso planeta.
Uma grande Metrópole completamente desabitada.
As extinções que enfrentamos, colocam uma ameaça ainda maior à civilização, do que as alterações climáticas; pela simples razão de que são irreversíveis.
O problema é que o perigo não parece óbvio para a maioria das pessoas, e isso é algo que temos que acertar; avisou o professor Paul Elrich da Universidade de Stanford na Califórnia, também envolvido na Conferência, onde o alvo foram os países ricos, que estão a desviar os recursos do planeta, e a destruir o ecossistema a uma velocidade sem procedentes.
É uma enorme onda de destruição que estamos a construir; desde autoestradas através do Serengeti para facilitar o acesso a mais minerais terrestres raros para os nossos telemóveis, tiramos todos os peixes dos Oceanos, destruímos as barreiras de coral e deitamos dióxido de carbono para a atmosfera.
O homem está a despoletar “o grande evento de extinção”; é a questão que a conferência deixa no ar, depois de o Papa Francisco ter dado particular ênfase às questões climáticas no seu Pontificado.
A sobrevivência do mundo natural, e em última instância a nossa sobrevivência, depende da nossa “adoção de princípios de justiça na distribuição dos recursos, que levem a minimizar os danos climáticos para melhor sustentabilidade do ecossistema, é a aposta da Academia de Ciências do Pontificado, num documento divulgado no âmbito da Conferência.
A sustentabilidade requer o “cuidado da biodiversidade” que fornece os serviços, e que permitem à humanidade viver e prosperar.
O crescente aumento da população mundial e o impacto que isso acarreta para o ambiente, é um dos fatores de preocupação que estes biólogos evidenciam.
As estatísticas da ONU, preveem que a população mundial vai crescer dos atuais 8.000 mil milhões, para os 11.2 mil milhões até 2100, um aumento que se verificará em regiões como África.
Com as condições climatéricas a alterarem-se, e as catástrofes ecológicas subsequentes a que se junta a escassez de comida, imagina-se como a já atual problemática corrente migratória, pode atingir proporções assustadoras e incomportáveis.
Não existirá qualquer dúvida; que com 12 mil milhões de pessoas, a nossa civilização na Terra irá “colapsar”; permanecendo apenas uns milhares, que serão depois reduzidos a centenas de sobreviventes; até que, num futuro mais longínquo, a espécie acabar por se extinguir.
Olhando para os números, é mais que certo que para suportar a sustentabilidade da população Mundial, seria preciso um outro Planeta para nos fornecer os recursos necessários, para podermos suportar o dobro da população atual; e se todos consumissem recursos ao nível dos países do Ocidente, “seriam precisas outras duas “Terras”.
OBS: À memória do recentemente falecido Sua Santidade o Papa Francisco; cuja preocupação sobre as condições climáticas no Planeta, a pobreza no mundo e as migrações, foram sempre uma Sua constante.
J. Vitorino – Jornalista Diretor