Uma viagem ao futuro, com a Inteligência Artificial
Poderá a mente humana ser implantada na inteligência artificial, sem constituir uma séria ameaça para a nossa espécie?
Não creio que no início exista esse perigo; mas com toda a certeza que a ciência não vai deixar esse desafio para trás, porque não havendo um controle global sobre essa eventualidade, não é possível saber o que estão ou vão fazer países fechados à informação como é o caso da China; que é precisamente o país que nesse domínio possa estar mais avançado, que com o Japão e os Estados Unidos, formam a trilogia dos países mais avançados neste domínio.
Aos outros países como a Inglaterra, frança e Alemanha para não ficarem para trás, não lhes resta outra alternativa senão avançar rapidamente para a robotização global em paralelo com a inteligência artificial; é que, muita coisa está em jogo incluindo a segurança dos EUA e da Europa que não podem perder o controle do Espaço, que seria o mesmo que perder a supremacia na defesa a todos níveis dos seus países.
O estudo do cérebro humano, tem evoluído em simultâneo com a inteligência artificial; os cientistas têm avançado na investigação para que num futuro próximo a máquina não fuja ao controle do homem; o que poderia conduzir a cenários imprevisíveis para a segurança da nossa espécie; desde logo, e para nos diferenciar, não devem ser construídas “pessoas digitais”, que fisicamente se possam confundir com os seres humanos.
O cenário de um futuro em que as máquinas inteligentes poderão dispensar a humanidade, não está fora de causa; e embora que a longo prazo venha a ser inevitável, a ciência tudo fará para adiar o que será o fim dos humanos, e de milhões de outras espécies que connosco partilharam o Planeta Terra; porque simplesmente deixam de ter utilidade à máquina que se emancipou, tendo os humanos perdido a sua tutela.
Mesmo que por um curto período a coexistência possa afastar qualquer conflito entre as inteligências artificial e biológica, a máquina acabará por ganhar, e dominar aquele que foi o seu progenitor.
Inicialmente domesticada pelos humanos, a máquina inteligente será de grande utilidade; mas a sua aceitação deixará de ser pacífica, quando centenas de milhões de postos de trabalho forem substituídos pela inteligência artificial; provocando uma devastação social global, porque vai abranger todas as classes sociais.
No início as máquinas inteligentes não terão direitos; mas serão protegidas através de normas jurídicas, que vão acompanhar a sua evolução; aliás, a ciência adianta como necessário um regulamento que limitará o seu desempenho, para que os humanos sejam poupados; mas essa será uma curta e conflituosa transição.
Uma “mente digital” dentro de uma máquina, poderia ser o último dos capítulos de uma evolução transitória, que já se encontra em estudo nos laboratórios científicos; o que irá colidir com grandes obstáculos de natureza ética, social e religiosa, que temem que a evolução da inteligência artificial, possa ser uma séria ameaça para a espécie humana.
Por exemplo; a resposta de uma máquina inteligente para acabar com o aquecimento global no Planeta, incidia sobre a principal causa do efeito de estufa, indo de imediato à raiz do problema que são os humanos.
Muitos de nós pensa que os riscos que temos que enfrentar pela nossa dependência dos sistemas inteligentes são elevados, mas esta já é uma realidade sem retorno; e de que as máquinas rapidamente se tornam muito mais inteligentes que os humanos, também é um facto incontornável; porque existem estudos e investigações que o provam, mas que ainda não são de conhecimento público, porque iria desencadear um grande desconforto, que nos colocaria numa posição de seres inferiores perante as máquinas; uma situação de que não tenho a mínima dúvida de que, com toda a certeza irá acontecer no futuro.
Atualmente somos nós humanos que controlamos o destino dos nossos animais, que só sobrevivem se nós quisermos; o mesmo farão as máquinas connosco, quando deixarmos de ter qualquer utilidade para elas.
A nossa dependência da máquina é uma realidade que não terá retorno; sem que nos apercebamos, elas já são as responsáveis por mais de 70% dos desempregos em todo o mundo; que os sistemas sociais vão colmatando com subsídios e reformas antecipadas, uma prática que a máquina porque (desprovida de sentimentos), acabaria com toda a certeza.
Nos últimos 25 anos (uma geração) 60% do desemprego nos EUA foi devido à automatização dos serviços, onde os humanos em parceria com a máquinas ainda detêm o seu domínio; mas atualmente uma só máquina faz mais trabalho, que 300 homens fariam há 150 anos; e se avançarmos no tempo, imaginemos o que será daqui a mais 500 anos 2523.
Os humanos por decisão própria, vão deixar de ser a única inteligência dominante na Terra; os dados estão lançados, e deles vamos retirar todas as consequências; entre elas, aquela que nos pode levar à nossa própria extinção.
J. Vitorino – Jornalista
Diretor do Jornal Vila de Rei