(Nódoas) na Democracia, por J. Vitorino

Portugal está transformado numa “Enorme fábrica de Pobreza”.

Só falta saber para onde vamos exportar todo este produto, porque alguns países Europeus como a França e Reino Unido por exemplo, já começaram a expulsar os nossos concorrentes, que se encontram naquele país em campos de mobilidade restrita.

Esta fábrica, é a “obra-prima” dos últimos 23 anos de governos em Portugal, em que 17 foram da responsabilidade do partido Socialista; que diga-se, com o apoio incondicional da maioria dos portugueses, que há pouco mais de 2 anos lhe deram uma maioria absoluta.

É uma absurda falta de sensibilidade e ética em democracia; com os portugueses mais vulneráveis a serem tratados como atrasados mentais, com todo o respeito e solidariedade que estes me merecem.

A pobreza é a maior “instituição democrática” em Portugal.

Muitos dos nossos pobres, estão a sobreviver recorrendo à generosidade e partilha dos que ainda têm menos que eles.

A pobreza infantil é a mais grave de toda a Europa; o que não constitui um orgulho para todos os portugueses, que ainda sentem algum sentimento pelo sofrimento dos outros.

Os dados oficiais da pobreza não correspondem à verdade, porque muitos dos afetados não recorrem às instituições ou por vergonha, ou porque não têm expediente para o fazer; sofrendo nas suas quatro paredes a tragédia que lhes foi imposta, por aqueles a quem confiaram o voto.

Só o contato com as populações do interior como é o meu caso, é que pode ser vista a dimensão deste drama que quando atinge a classe média, toma proporções verdadeiramente preocupantes; pois só este grupo terá possibilidades, de conseguir fazer o país sair do abismo (já lhe podemos chamar assim).

Sendo fantasioso o otimismo que nos querem transmitir; porque o peso da dívida portuguesa e respetivos juros, entrou numa fase de não retorno.

O futuro de mais de metade da população portuguesa está à vista, e nos próximos dez anos outros 40% vão seguir-lhe o caminho; restam apenas 10% das elites políticas que Governaram o país nas últimas 5 décadas, e todos os seus amigos e protegidos.

Quanto à dívida que continua a aumentar não é para combater a “crise”, porque esta combate-se com investimento e trabalho; nem a vender património público ao desbarato, para suportar pensões milionárias e subvenções vitalícias, a quem pouco ou nada fez por este país.

Um caso único europeu; é que ainda ninguém foi responsabilizado, pelos danos causados ao povo português.

J. Vitorino – Jornalista – Diretor