A paranóia do Clima

A paranóia do Clima

A paranóia do Clima

Defender o clima do Planeta que habitamos, é uma exigência que se coloca a todos nós; e
também temos o dever de proteger outras espécies, para que não sejam levadas à extinção.
Mesmo que uma civilização chegue a um elevado nível tecnológico, nunca poderá ter o domínio
total sobre o clima; porque a Terra é um Astro vivo, inconstante e totalmente incontrolável.
Com base nesta realidade, teremos que ser nós a ajustarmo-nos ao clima que temos,
construindo máquinas para nos substituir em condições, em que o homem não poderá intervir.
Para inverter essa limitação, vamos precisar de mais uma geração de evolução; para que a
ciência avance no sentido de podermos no futuro beneficiar de uma Terra limpa.
Actualmente milhares de milhões de humanos ainda vivem directamente da energia fóssil; e a
restante população terrestre está indirectamente ligada às tecnologias dos seus derivados; sendo
uma utopia pensar que tudo se pode alterar com um único clique.
O processo de mudança nos comportamentos de consumo, face às exigências dos que se dizem
defensores de um Planeta livre de poluição, tem que ser feito gradual e sem radicalismo; como
tem sido exigido pelos movimentos, aos quais se colaram partidos políticos cujo objectivo é
captação de votos, sem terem em conta o rigor científico necessário, para se avaliar as perdas e
ganhos da radicalização da causa climática, que está a enriquecer muita gente, e a levar radicais
ao poder em vários países, através da “boleia” da paranóia climática.
E não é a chamar de mentirosos e que tenham vergonha, aos líderes mundiais presentes nas
cimeiras do clima como aconteceu nas Nações Unidas, que se resolve o problema.
Convém lembrar; que é a eles que cabe a responsabilidade de retirar centenas de milhões de
seres humanos da pobreza extrema; uma realidade que passa ao lado daqueles que se dizem os
defensores do clima na Terra, esquecendo aqueles que vivem dentro dela em condições
inaceitáveis.
É neste contexto que todo o “alarido” por uma terra limpa foi considerado uma fraude climática
por 30.000 cientistas de todo o mundo.
O alarme de uma catástrofe do clima em curso, começou a ser utilizada como potencial meio
para dar visibilidade política a algumas figuras conhecidas, como foi o caso Al Gore (ex-vice) de
Clinton; tendo sido uma oportunidade para tentar sair de um certo anonimato político; e ainda
outros, que despudoradamente se juntaram às manifestações de jovens estudantes como se viu
na Cimeira de Madrid.
Não existe Planeta B dizem, e na minha opinião não será preciso; porque este será o habitat dos
humanos por mais uns três mil anos; é esse o “timing” científico, para dar ao homem a
tecnologia suficiente, para o podermos abandonar em caso de necessidade extrema.
As alterações climáticas não são só provocadas pelo homem, que diga-se tem abusado
exponencialmente das energias fósseis e outras matérias sem as quais, não podíamos viver o
momento tecnológico actual.
Muitas das manifestações em nome do clima, carecem de um debate sério, para que os jovens
do nosso país e do mundo saibam o que está em causa; e as limitações que existem para uma
mudança radical no comportamento do consumo; que nenhum país pode fazer sem graves
consequências, porque haveria um retrocesso na evolução tecnológica de que não podemos
prescindir; precisamente, para no futuro podermos colocar a nossa espécie a salvo da extinção.
A defesa do clima e ambiente que não é bem a mesma coisa, tem que começar nas escolas
primárias; para se aprender como devemos preservar a Terra, para que as futuras gerações
possam ficar gratas à actual; ao recordarem quem foi que iniciou a grande viragem para o futuro
de um Planeta sem poluição; tenho quase a certeza, que é isso que vai acontecer.
Recentemente a NASA divulgou que a Terra está mais verde, e também não é inteiramente
verdade muita coisa que se diz sobre o efeito de estufa.
É preciso escutar a ciência para se saber em concreto o que ao longo dos tempos tem alterado o
clima; se foram as três primeiras revoluções industriais (já estamos na quinta e ainda não se saiu

da terceira) sendo este o grande problema; ou se também têm contribuído os ciclos de actividade
solar mais intensa e as erupções vulcânicas na Terra.
As alterações do clima e as “lutas” em sua defesa é a notícia do momento; foi tudo muito bem
orquestrado e os cientistas não responderam de imediato deixando a dúvida alastrar.
Na verdade, aqueles que andam nas ruas a gritar por um Planeta sem poluição, nada sabem
sobre as causas verdadeiras que exigem medidas na contenção do consumo das energias
fósseis é certo, mas esquecem que países como é o caso da China e Índia, ainda têm centenas
de milhões de seres humanos para retirar da pobreza extrema.
A defesa do clima é uma medida que não pode ser colocada radicalmente em prática; nenhum
país na Terra consegue fazer a mudança total em menos de 4 décadas (40 anos).
A exemplo; o país mais rico da Europa a Alemanha é o que mais utiliza o carvão (o combustível
fóssil que mais polui).

Centenas de milhões de habitantes da Terra vivem directamente das
energias fósseis; que chega ao consumidor passando antes por todos os circuitos de
comercialização e transformação; é do petróleo que se extrai quase tudo, o que nos levou ao
boom tecnológico actual.
Voltando aos plásticos, imaginemos que os vamos substituir pelo papel que é derivado de
árvores como o eucalipto, que é uma praga terrível para a desertificação dos solos; esta opção
seria radicalmente contraditória a tudo aquilo que está a alimentar a questão amazónica. Lembro que a Suécia que é o país de uma activista do clima Greta Thunberg, tem sido dos maiores
produtores de papel extraído do eucalipto, que é o maior destruidor dos solos.
Quanto aos combustíveis fósseis que alimentam directa ou indirectamente metade da população da
Terra; para os colocarmos de parte, teríamos que adaptar de raiz todas as indústrias no mundo a
algo que ainda não sabemos bem o que será; porque, não obstante estarmos na quinta
revolução industrial, esta ainda utiliza a mesma matéria prima que a primeira no início do Século
XVIII.
É neste contexto que os humanos têm de encarar a defesa do seu habitat; temos que nos
adaptar às condições do clima que temos, porque é de todo impossível que seja o clima a
adaptar-se às nossas.

Central de energia a carvão na Alemanha

O que os activistas estão a exigir das Nações com aplicação imediata, é de todo impraticável;
porque se fosse reduzido para metade o consumo das energias fósseis nos próximos 20 anos,
centenas de milhões de seres humanos morreriam de fome; saíam dos seus países em busca de
sobrevivência, provocando um efeito devastador em todo o mundo.
A resposta é a educação, e restringir ao mínimo os meios de transporte mais poluidores e o uso
de plásticos, e como alternativa colocar ao serviço meios não poluentes, o que não tem
acontecido.
A exemplo: Portugal que é um país bem servido de autoestradas, mas não existem carregadores
para carros eléctricos suficientes, para que torne apelativa a sua opção para além da aquisição do
veículo, que duplica em custo, o tradicional movido a combustível de derivados do petróleo.
* Joaquim Vitorino
Astrónomo Amador

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