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(IA) Inteligência Artificial ditará o fim dos humanos, por J. Vitorino

(IA) Inteligência Artificial ditará o fim dos humanos, por J. Vitorino

Provavelmente os humanos nunca conseguirão estabelecer contacto extraterrestre com seres biológicos inteligentes; essa missão, estará reservada às máquinas que nós iremos construir no futuro.

Não será fantasia minha afirmar que algures no Universo, inteligências oriundas de Galáxias diferentes se cruzem e comuniquem entre si, através da mais avançada inteligência artificial.

Os humanos no futuro, irão enviar para o Espaço os seus “descendentes robotizados”, que serão dotados de uma capacidade muito superior à humana, para darem a conhecer quem fomos nós, e onde chegámos ao nível tecnológico; e ainda, expor as causas de não termos conseguido salvar a nossa espécie.

Big Bang o início dos tempos

A vida Extraterrestre Inteligente que procuramos; força-nos a recuar 2800 milhões de anos no tempo, para compreendermos como atingimos a nossa.

Os aminoácidos foram os elementos base da vida biológica tal como a conhecemos; compostos de carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio são a estrutura dos grupos amina e carboxilo, a que se juntaram muitos outros, que estiveram na origem da vida na Terra; e que num longo processo evolutivo, atingiu posteriormente a inteligência.

Todos estes elementos, chegaram até nós através dos cometas e asteroides; por isso podemos afirmar que nós “humanos”, tivemos a nossa origem extraterrestre.

Durante vários milhões de anos a Terra foi continuamente atingida por estes corpos que arrefeceram o Planeta, de que resultou a formação da “crosta terrestre” que nos separa do magma e do núcleo; tendo esta fase, durado 1000 milhões de anos; de seguida estes elementos vindos do Espaço, pulverizaram o Planeta de vida.  

Toda a eventual inteligência extraterrestre que tenha as mesmas características biológicas que a nossa, terá que “trilhar” o mesmo caminho evolutivo, para poder chegar à inteligência.

(SKA) Square Kilometer Array – um quilómetro quadrado de antenas, estão a ser construídas em vários países, incluindo a África do Sul.

Mas outros condicionalismos de peso têm que ser equacionados; sendo as distâncias entre Sistemas Solares e os Planetas que os orbitam, de vital importância para que em tempo da vida da Estrela, o processo que leva ao eclodir da vida não seja interrompido com o seu colapso,

Para se ter uma ideia das distâncias abismais que separam o Sol das vizinhas mais próximas, elas são equivalentes em milhões de vezes o tempo, desde que saímos das cavernas há um milhão e meio de anos.

A Estrela mais perto de nós que é a (Próxima Centauri), um avião a jacto levaria mais de 30 milhões de anos a lá chegar; e esta Estrela nem sequer é orbitada, por um planeta com as mesmas condições propícias à vida como aconteceu  na Terra, que iniciou a sua formação há quase quatro mil milhões de anos.

O primeiro contato humano com extraterrestres, irá alterar muitos dos paradigmas que dividem a humanidade.

SETI é a Instituição que coordena a pesquisa para encontrar inteligência extraterrestre; compreende-se a ansiedade dos Astrónomos e Cosmólogos nesta apaixonante busca, onde se estão a dar os primeiros passos numa quase emergência de “quem nos acode”; sendo provável, que só a possamos encontrar nas máquinas que seres biológicos construíram há milhões ou talvez biliões de anos atrás; cujas civilizações colapsaram com o seu Sol; tendo ficado no “cativeiro” do Planeta que lhes deu origem, tal como poderá acontecer aos humanos aqui na Terra.

As máquinas híper-inteligentes que iremos enviar para o Espaço, serão encontradas muito tempo depois da atual civilização colapsar; e de outras, que numa remota possibilidade nos possam sobreviver.

A nossa Galáxia a “Via Látea” está longe de ser uma Super Galáxia, terá entre 180 e 200 biliões de Estrelas e aproximadamente o triplo em Planetas; 1000 milhões dos quais são propensos ao desenvolvimento da vida.

O Universo – 200 biliões de Galáxias numa perspectiva científica. 

Algumas das Estrelas têm 200 vezes a massa do nosso Sol, como é o caso de Deneb na Constelação do Cisne; onde a NASA anunciou recentemente ter descoberto um Planeta (Kepler 452b), que orbita uma Estrela amarela com características semelhantes ao Sol;  sendo aquele Planeta muito similar ao nosso, onde poderá ocorrer o desenvolvimento da vida, numa eventualidade de um em 10.000 milhões.

Lembro que a raridade do ADN humano nas 200 biliões de Galáxias, é de apenas uma probabilidade num trilião de trilião de triliões.

A nossa Galáxia, é apenas uma de cerca de 200 biliões existentes no Universo; onde existem mais de um sextilião de planetas, um número quase irrealista; que nos deixa a ideia de que neste momento, estão a nascer e a colapsar milhões de Estrelas e Planetas, e provavelmente também civilizações.

 

Algumas delas evoluíram a um nível muito superior à nossa; sendo admissível que tenham atingido a perfeição, e sobrevivido ao colapso da Estrela que orbitavam.

É provável que algumas dessas civilizações tenham atingido o pináculo da evolução, deslocando-se de Galáxia em Galáxia a “passear” a sua inimaginável magia tecnológica.

Talvez que no futuro, os humanos tenham capacidade para viajarem no tempo; e possam contatar outras civilizações que tenham proliferado por todo o Universo, ao longo dos 13,8 mil milhões de anos; aquela que é suposta ser a idade do Big-Bang, que deu origem ao tempo.

OBS: Aos poucos jovens Astrónomos portugueses; que perdem noites a observar as maravilhas do Universo, e a meditar na nossa infinita pequenez.

J. Vitorino –  Astrónomo Amador

Jornalista e Diretor do Jornal Vila de Rei

 

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