A espécie sobrevivente, por J. Vitorino

A espécie sobrevivente, por J. Vitorino

A ciência tem pela frente grandes desafios, para nos colocar no pináculo da magia tecnológica que ambicionamos para o futuro; onde um dos objetivos da ciência é atingir a (imortalidade da espécie humana); que numa perspetiva mais otimista, será conseguida dentro de dois a três mil anos; parece uma meta distante, mas não é mais que uma gota de água no oceano do tempo Universal.

É uma ambição com milhares de anos, mas não vai ser fácil à ciência chegar tão longe; será um longo caminho de investigação em que o tempo e a inteligência humana não serão os únicos condicionantes que determinarão esse objetivo; as condições climáticas no Planeta Terra, um holocausto nuclear provocado pelo próprio homem, ou a queda de um grande meteorito poderá condenar este ambicioso projeto futurista, a nunca mais poder ser realizado.

No entanto, a morte por velhice pode ser ultrapassada dentro 30 a 40 anos; se tem menos de 30 e estiver a ler este artigo, provavelmente só morrerá depois de fazer 120 ou 130 anos numa primeira fase, porque daqui a 500 anos a nossa espécie poderá facilmente chegar ao meio milénio de longevidade de vida.

Esta velha ambição humana pode parecer uma utopia, mas está longe disso; porque existem no futuro várias técnicas, que passarão pela substituição de vários órgãos e tecidos do corpo humano; a exemplo o coração, cujo transplante mecânico vai ser em breve uma realidade.

A espécie humana, é uma sofisticada máquina biológica.

A Engenharia genética tem vindo a aprofundar a pesquisa em métodos de renovação, e até mesmo de sistemas inteiros para reverter o envelhecimento celular; e acredita-se que a longo prazo, é possível renovar ou rejuvenescer o corpo humano para duplicar a vida numa fase inicial, usando a biotecnologia avançada no campo da medicina.

A mente; conceito que descreve as “funções superiores do cérebro humano”, será a questão fundamental que está no centro da investigação para o prolongamento da vida; porque não faria sentido o homem elevar a sua existência a mil anos, sem que o cérebro e a mente não acompanhassem a evolução; existindo outros fatores a serem equacionados como por exemplo a consciência que perfaz um todo com a mente, em que religião e ética serão colocadas numa ampla discussão, para que a ciência possa refazer e rejuvenescer um corpo através da robótica; onde um “backup da mente humana” romperia com um conceito e crença milenar de que o autor não quer aqui aprofundar.

Numa primeira fase, a ciência será confrontada com duas situações distintas; parar o envelhecimento para o manter inalterável em qualquer idade, ou simplesmente quando o humano atinge o estado de adulto.

Há muito que a ciência estuda o rejuvenescimento das células humanas, e na complicada substituição dos outros órgãos vitais do corpo humano; mas faltava o domínio da cibernética, para que um corpo que receba “várias peças” funcione na perfeição; sendo precisamente neste campo, que a investigação tem surpreendentemente avançado.

Nas próximas gerações, os humanos terão uma vida longa e saudável, não existindo doenças que a ciência não tenha capacidade de dominar; é uma longa caminhada que levará a espécie humana à sobrevivência “quase sem limites”.

Nota: À investigação científica em todas as vertentes, que tornaram uma realidade o momento tecnológico em que vivemos.

J. Vitorino – Jornalista – Diretor

 

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